CAPITALISMO E RESISTÊNCIA NO CAMPO: MODO DE VIDA TRADICIONAL DOS KALUNGAS NO MUNICÍPIO DE ARRAIAS-TO

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Título
CAPITALISMO E RESISTÊNCIA NO CAMPO: MODO DE VIDA TRADICIONAL DOS KALUNGAS NO MUNICÍPIO DE ARRAIAS-TO
Revista Tocantinense de Geografia
UFT
Autor
Samuel Correa Duarte
Mayara Araújo Torres
Assunto
Quilombo
campesinato
resistência
Abstract
No presente estudo destacamos a comunidade Kalunga residente na região de Arraias-TO.
Em geral os quilombolas em questão são herdeiros de escravos que fugiram de garimpos no século
XVIII. Além da extração mineral também praticavam a caça, pesca, roçado e criação de gado extensivo.
Três grupos entraram em conflito com o quilombola nesse período: os bandeirantes, os capitães do
mato nomeados pelo Estado e as nações indígenas (especialmente xavante e caiapó). Na comunidade
Kalunga do Tocantins o acesso às políticas públicas é precário, levando seus moradores a seguirem
para Arraias em busca de atendimento em saúde e assistência social (LOPES, 2009, p.105; 109). As
principais questões que nortearam a pesquisa em tela foram: Qual a relação que estabelecem entre o
modo de vida tradicional e a lógica do capital? Podemos contrapor a ontologia Kalunga à visão
dominante da ontologia moderna? Como os Kalungas relacionam a ancestralidade e a terra em que
vivem? Como se travam as relações de produção na comunidade? Como equacionam suas demandas
alimentares? Qual o papel da etnobotânica na construção e manutenção de uma identidade que
relaciona homem e natureza? As respostas obtidas indicam que a conjugação de saberes, tradição e
organização política pode ser eficaz na luta local contra a desertificação neoliberal.
Date
2018
Língua
pt-BR