Neoliberalismo, novas morfologias do trabalho e subjetividade: implicações sobre o hidronegócio e a organização social
Item
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Título
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Neoliberalismo, novas morfologias do trabalho e subjetividade: implicações sobre o hidronegócio e a organização social
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Espaço e Economia. Revista brasileira de geografia econômica
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Autor
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João Costa de Oliveira
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Abstract
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Este texto discute as mútuas implicações entre a totalidade – o sociometabolismo do capital – e, a particularidade – a subjetividade enquanto formação da identidade dos sujeitos – na contemporaneidade. Essa relação dialética é histórica e, como tal, eivada de conteúdos e contradições de seu tempo. Por isso a consideramos aqui a partir das contínuas e profundas mudanças observadas primeiro nos países centrais, sobretudo após a década de 1970, na relação capital e trabalho e no mundo do trabalho, conferindo-lhe novas morfologias. Na sua forma neoliberal, o capitalismo avança sobre comunidades tradicionais antes com pouca ou nenhuma relação com seu sociometabolismo e, submetendo-as transforma o seu modo de ser, e nelas, o processo de produção da subjetividade. Sendo alvos do capital as populações e os recursos naturais como a água, por exemplo, uma das configurações decorrentes do esforço de realização do capital em seu ciclo reprodutivo ampliado é o hidronegócio. Como mediação na realização do capital o hidronegócio produz fortes impactos sobre as realidades locais onde se territorializa e suas externalidades socioambientais também podem se converter e irromper como incontornáveis contradições. Este parece ser o caso das tragédias socioambientais de Mariana-MG em 2015 e de Brumadinho-MG em 2019. É também o caso da formação dos movimentos populares em que as populações atingidas se organizam em função da luta contra a violação de seus direitos na implantação de usinas hidrelétricas e de outros usos comerciais da água e da própria energia. O sofrimento infligido a essas populações atingidas, a negação de sua existência pelo Estado e pelas corporações, a retirada forçada de sua base material de produção de sua existência e as inúmeras formas de violação de direitos marcam a sua subjetividade? Levam à passividade ou à indignação? Ocorre engajamento político? Com qual conteúdo?
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issue
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16
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Date
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2019/12/23
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Língua
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pt
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doi
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10.4000/espacoeconomia.9381
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issn
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2317-7837
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título curto
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Neoliberalismo, novas morfologias do trabalho e subjetividade
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Rights
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