Os fundos de pensão como agentes da produção do espaço: um olhar a partir da literatura internacional.
Item
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Título
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Os fundos de pensão como agentes da produção do espaço: um olhar a partir da literatura internacional.
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Espaço e Economia. Revista brasileira de geografia econômica
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Autor
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Maira Magnani Asencio
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Abstract
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Os fundos de pensão figuram-se como importantes agentes nas economias mundiais. A financeirização alterou a forma como os investidores institucionais realizam a gestão do seu patrimônio e também a forma como medem e enxergam resultados e metas (SAUVIAT, 2005). A literatura recente aponta que essas mudanças na racionalidade dos fundos de pensão resultaram em estratégias de investimento diferenciadas, inclusive no que concerne ao investimento em imobiliário. Como apontam Van Loon & Aalbers (2017), atualmente, há pouco conhecimento produzido acerca de como os objetivos financeiros vieram a dominar e modificar as estratégias de investimento dos investidores institucionais e como isso afeta o espaço urbano construído - na realidade, a única pesquisa que de fato mostrou como e por que essas estratégias produzem determinados efeitos na cidade, foi a desenvolvida por Theurillat et al. (2010) para o caso dos fundos de pensão suíços (HENNEBERRY & ROBERTS, 2008 apud VAN LOON & AALBERS, 2017). Esse trabalho tem por objetivo, portanto, compreender o papel dos fundos de pensão na produção do espaço urbano através de uma análise da sua atuação no mercado imobiliário comercial - para tanto, analisa-se o que a literatura internacional recente tem apontado com relação às novas práticas profissionais de gestão imobiliária adotadas e os impactos que essas geram no meio ambiente urbano construído. Conforme investigado por Theurillat et al. (2010), ambas as formas de investimento no mercado imobiliário, a direta (através da compra de imóveis) e indireta (através da compra de veículos financeiros), dos fundos de pensão suíços, resultaram em diversificação espacial limitada em certas áreas, urbanas e metropolitanas, e certos tipos de segmentos, residencial e comercial. Os fundos de pensão estariam, portanto, “construindo geografia” (LEE, 2002 apud SANFELICI & HALBERT, 2018) na medida em que “selecionam usos, usuários e condições de acesso a elementos do ambiente urbano construído” (THEURILLAT et al., 2010; VAN LOON & AALBERS, 2017).
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issue
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14
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Date
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2019/06/28
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Língua
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pt
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doi
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10.4000/espacoeconomia.6004
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issn
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2317-7837
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título curto
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Os fundos de pensão como agentes da produção do espaço
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Rights
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