FLORÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS SAMAMBAIAS E LICÓFITA DO ENGENHO ANIMOSO (AMARAJI, PERNAMBUCO, BRASIL)

Item

Título
FLORÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS SAMAMBAIAS E LICÓFITA DO ENGENHO ANIMOSO (AMARAJI, PERNAMBUCO, BRASIL)
Revista de Geografia (Recife) - ISSN: 0104-5490
UFPE
Autor
Iva Barros
Conceição Luna
Keyla Souza
Marlos Marques
Augusto Santiago
Rafael Farias
Assunto
Mata Atlântica
conservação
inventário
Abstract
Considerando a perda e fragmentação da Floresta Atlântica Nordestina, a realização de inventários florísticos é essencial para quaisquer ações conservacionistas desta região biogeográfica. Assim, o presente estudo teve como objetivo inventariar as espécies de samambaias e licófitas em fragmentos florestais pertencentes ao Engenho Animoso (Amaraji, Pernambuco, Brasil), apresentando também informações relacionadas aos aspectos ecológicos, à distribuição geográfica mundial e entre os domínios fitogeográficos brasileiros, e a raridade (regional) das espécies. Para o inventário florístico, foram realizadas cinco excursões nas quais os fragmentos foram explorados dando ênfase aos ambientes preferenciais de ocorrência das samambaias e licófitas. Os processos de coleta, identificação, herborização e as análises da distribuição geográfica e raridade das espécies seguiram a literatura especializada. Para os quatro fragmentos florestais do Engenho Animoso, foram registradas 28 espécies de samambaias e apenas uma espécie de licófita, distribuídas em 21 gêneros e 14 famílias, sendo Pteridaceae, Polypodiaceae e Thelypteridaceae, com quatro espécies cada, as mais representativas. Em relação aos aspectos ecológicos, foi observado um predomínio de espécies herbáceas (ca. 90%) e terrícolas (ca. 65%). A análise da distribuição geográfica mundial evidenciou o predomínio de espécies americanas (18 spp.) seguido pelas pantropicais (sete spp.). Das espécies estudadas, 23 ocorrem no domínio da Amazônia (ca. 79%), 19 no Cerrado (ca. 65%), 15 no Pantanal (ca. 52%), cinco na Caatinga (ca. 17%) e apenas uma no domínio do Pampa (ca. 3%). Apenas a espécie Hecistopteris pumila (Spreng.) J. Sm. é considerada rara na Floresta Atlântica Nordestina. Os dados obtidos indicam que a área estudada detém uma riqueza razoável de samambaias e licófita em relação ao cenário da Floresta Atlântica Nordestina, demonstrando assim a real necessidade de efetivas ações de conservação e preservação para esta.
volume
30
issue
2
Páginas
241-253
Date
2013
Língua
pt
issn
2238-6211
Rights
Direitos autorais