DA “DIFERENCIAÇÃO DE ÁREAS” À “DIFERENCIAÇÃO SOCIOESPACIAL”:A “VISÃO (APENAS) DE SOBREVÔO” COMO UMA TRADIÇÃO EPISTEMOLÓGICA E METODOLÓGICA LIMITANTE

Item

Título
DA “DIFERENCIAÇÃO DE ÁREAS” À “DIFERENCIAÇÃO SOCIOESPACIAL”:A “VISÃO (APENAS) DE SOBREVÔO” COMO UMA TRADIÇÃO EPISTEMOLÓGICA E METODOLÓGICA LIMITANTE
Revista Cidades
UFRJ
Autor
Marcelo Lopes de Souza
Assunto
escalas
geografia
movimentos sociais
visão de sobrevôo
Abstract
A Geografia tem, tradicionalmente, cultivado uma espécie de “visão de sobrevôo”, analisando as sociedades e seus espaços quase sempre “do alto” e “de longe”. Essa perspectiva é, de certa forma, aquela que é própria do Estado. E, de fato, o aparelho de Estado sempre foi o principal “locus de construção discursiva” da Geografia. Raramente o “locus de construção discursiva” dos geógrafos de formação foram ou têm sido os movimentos sociais. Isso tem sido, justamente, ao mesmo tempo uma causa e uma conseqüência da “visão de sobrevôo”. Não se sugere, neste trabalho, que “olhar de longe” seja algo em si mesmo reprovável. Afinal, o “olhar distanciado” permite que se ganhe uma perspectiva que é imprescindível e insubstituível: aquela que faculta uma “noção de conjunto” - e que permite trabalhar com as escalas da estratégia. O problema reside em adotar com exclusividade esse olhar. A solução, por conseguinte, não consiste em substituir meramente o “olhar de longe” pelo “mergulho no quotidiano”, mas sim em combinar as escalas (de análise e de ação) de modo a não abrir mão de nenhuma, tanto quanto combinar os olhares - o de perto e o de longe; aquele que permite “colocar-se de fora” (e à distância) com aquele que exige “estar dentro”.
volume
4
issue
6
Date
2007
Língua
pt
issn
24481092
título curto
DA “DIFERENCIAÇÃO DE ÁREAS” À “DIFERENCIAÇÃO SOCIOESPACIAL”
Rights
Direitos autorais
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Revista Cidades