Belo Horizonte para quem? Versões territoriais negras para um espaço planejadamente branco

Item

Título
Belo Horizonte para quem? Versões territoriais negras para um espaço planejadamente branco
GeoTextos
UFG
Autor
Ana Maria Martins Queiroz
Assunto
Belo Horizonte
Cidade
Planejamento
Território quilombola
Abstract
No presente artigo busco discutir outras possibilidades para pensarmos a cidade, de maneira a problematizar os discursos e práticas que negam as contradições e os conflitos presentes em tal espaço, como aqueles relacionados à raça/etnia. Aponto que muitos dos mecanismos e práticas envolvidos no processo de produção do espaço urbano impregnam-se de perspectivas marcadamente eugenista e higienista. Com este olhar e por meio de um discurso de uma suposta democracia racial presente na cidade são estabelecidas estratégias que reforçam a exclusão de negros/ as das dinâmicas socioespaciais urbanas. Não se considera, portanto, os territórios em que este grupo étnico-racial formula outras cartografias urbanas na tentativa de se buscar a revalorização de suas manifestações culturais e identitárias. Porém, as coletividades negras estão forjando contradiscursos que possam ressignificar seus lugares e papéis na sociedade. As discussões aqui apresentadas têm como foco Belo Horizonte/Minas Gerais e se estabelecem a partir da comunidade quilombola Manzo Ngunzo Kaiango, localizada na referida cidade.

Abstract

BELO HORIZONTE FOR WHOM? BLACK VERSIONS TERRITORIAL FOR A WHITE SPACE PLANNED CAREFULLY

In this article I discuss other possibilities for thinking the city in order to problematize the discourses and practices that deny these contradictions and conflicts in such space, such as those related to race/ethnicity. I point out that many of the practices and mechanisms involved in the production of urban space permeate is markedly prospects hygienist and eugenicist. With this and look through a discourse of a supposed racial democracy in this city are established strategies that reinforce the exclusion of blacks the socio-spatial dynamics of urban. There is therefore considers the territories in which this ethnic-racial group makes other urban cartography in an attempt to seek revaluation of their cultural and identity. However, the black communities are forging counter-discourses that might reframe their places and roles in society. The discussions presented here focuses Belo Horizonte/Minas Gerais and settle from the community quilombola Manzo Ngunzo Kaiango located in that city.
volume
11
issue
1
Date
2015
Língua
pt
doi
10.9771/1984-5537geo.v11i1.12039
issn
1984-5537
título curto
Belo Horizonte para quem?
Rights
Direitos autorais
Coleções
Geotextos