SOFRIMENTO PATOGÊNICO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM UMA UBSF
Item
-
Título
-
SOFRIMENTO PATOGÊNICO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM UMA UBSF
-
Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde
-
UFU
-
UFU
-
Autor
-
Maria Luiza Moraes Rodrigues
-
Samuel Carmo Lima
-
Assunto
-
Agente Comunitário de Saúde
-
Organização do trabalho
-
Saúde do Trabalhador
-
Sofrimento Patogênico
-
Abstract
-
Resumo
O presente estudo busca compreender como o desenvolvimento do sofrimento patogênico de ACS se relaciona a organização do trabalho na Estratégia Saúde da Família em decorrência disto os objetivos específicos são: caracterizar o perfil sociodemográfico dos ACS participantes do estudo; analisar a organização do processo de trabalho sob o olhar do ACS e investigar as possíveis situações geradoras de sofrimento no trabalho do ACS. Para tanto se propõe uma abordagem qualitativa, conduzida por meio da observação participante e entrevistas individuais semiestruturadas com agentes comunitários da Estratégia Saúde da Família do Município de Uberlândia - MG. O material selecionado foi submetido à Análise de Conteúdo Temático e interpretado segundo o referencial teórico de Christophe Dejours sobre o sofrimento patogênico, a partir das seguintes categorias temáticas: a) Cotidiano de Trabalho dos ACS; b) Fontes de Prazer no Trabalho, c) Frustrações diante da incapacidade de resolver os problemas; d) Questões que interferem no processo de trabalho. O perfil sócio demográfico na pesquisa evidenciou um predomínio de ACS do sexo feminino, casadas, com ensino superior incompleto, adultos jovens e tempo de atuação entre 25 a 36 meses. A análise do cotidiano de trabalho dos ACS destacou que a principal atividade realizada dentre as que executa é a Visita Domiciliar e que outras determinadas pelo serviço divergem das prescritas pelo Ministério da Saúde. Ficou demonstrado que a satisfação profissional está intrinsicamente ligada a resolutividade de suas ações; a impotência e a incapacidade decorrente da ausência de suporte ou inexistência de ferramentas para atender as demandas da comunidade podem gerar no ACS o sofrimento. Na análise das questões que interferem no processo de trabalho dos ACS e que provocam angústia e insatisfação ficou demonstrado que a culpabilização de um agente externo pela não realização efetiva de seu trabalho é utilizada como estratégia de defesa. Apesar disso, os ACS estão afetivamente ligados ao seu trabalho, o que o torna fonte de sublimação e promotora de saúde. Diante disso propõe-se a reavaliação da organização do processo de trabalho.
-
volume
-
15
-
issue
-
32
-
Páginas
-
20-40
-
Date
-
2019
-
Língua
-
pt
-
doi
-
10.14393/Hygeia153246883
-
issn
-
1980-1726
-
Rights
-
Copyright (c) 2019 Samuel Carmo Lima, Maria Luiza Moraes Rodrigues