A RELAÇÃO CLIMA-VEGETAÇÃO NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO

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Título
A RELAÇÃO CLIMA-VEGETAÇÃO NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO
Boletim de Geografia
UNESP-PP
Université Rennes II
Autor
Vincent Dubreuil
Messias Modesto dos Passos
Assunto
Nordeste
Semiárido
bioclimatologia
caatinga
Abstract
Existem na América do Sul três grandes áreas semi-áridas: a região Guajira, na Venezuela e na Colômbia; a diagonal seca do Cone Sul, que envolve muitas nuanças de aridez ao longo de Argentina, Chile e Equador e, por fim, o Nordeste seco do Brasil, província fitogeográfica das caatingas, onde dominam temperaturas médias anuais muito elevadas e constantes Ab'Sabér (Ab'Sabér, 1999: p. 7). À pequena escala, a cobertura vegetal do Médio São Francisco mostra que, ao sul e ao oeste, a caatinga cede espaço para o cerrado (savanas). Nessa escala, o limite entre essas duas formações vegetais parece estar sob a dependência do fator climático. Mas, a uma escala maior, deslocando-se nessa região, percebe-se que os fatores explicativos da fisionomia da vegetação são mais diversos. Utilizando os dados satelitares infravermelho do satélite GOES é possível precisar como variam as condições térmicas de superfície, que se explicam, essencialmente, pela natureza e o estado de alimentação em água da cobertura vegetal. No oeste do estado da Bahia, onde os estudos de terreno foram realizados, os dados pluviométricos de três estações são disponíveis sobre um longo período: as estações utilizadas são aquelas de Barreiras, Barra do Rio Grande e de Bom Jesus da Lapa, na porção média do vale do São Francisco. O estudo revela a importância das diferenças entre os valores extremos observados anualmente: as grandes secas de 1938- 39 ou 1975- 76 contrastam com as fortes precipitações dos anos 1918- 19, 1925- 26 ou 1977-78. As informações fornecidas pela teledetecção espacial permitem precisar, no espaço, o contato entre cerrado e caatinga. Para um tal estudo, pode-se utilizar as imagens SPOT ou LANDSAT sobre um setor particular (algumas centenas de quilômetros quadrados). No entanto, a fim de melhor apreender o estudo regional do fenômeno, optou-se em privilegiar, aqui, os dados de baixa resolução espacial do satélite geoestacionário GOES-8 (Geostationary Operational Environmental Satellites).
volume
22
issue
1
Páginas
35-48
Date
2004
Língua
pt
doi
10.4025/bolgeogr.v22i1.12391
issn
2176-4786
Rights
Direitos autorais