Mobilidade espacial do trabalho: redundantes do Sertão de Alagoas como parte da reprodução do capital / Labor spatial mobility: superfluous of the hinterland of Alagoas as part of the reproduction of capital

Item

Título
Mobilidade espacial do trabalho: redundantes do Sertão de Alagoas como parte da reprodução do capital / Labor spatial mobility: superfluous of the hinterland of Alagoas as part of the reproduction of capital
Caderno de Geografia
UFAL
UFAL
Description
UFAL
Autor
Lucas Gama Lima
Genilda Maria da Silva
Gleiton do Nascimento Feitoza
Assunto
Acumulação Flexível
mobilidade espacial
reprodução do capital
trabalho escravo
Abstract
O artigo tem como desiderato a investigação teórica/empírica sobre a mobilidade espacial do trabalho e sua manifestação particular no Sertão de Alagoas. Parte-se do pressuposto de que a mobilidade espacial do trabalho é um fenômeno imanente ao capitalismo e decorrente da expropriação dos trabalhadores de seus meios de produção, que formou uma massa de capital variável, redundante e móvel. O advento da acumulação flexível, no final década de 1960, galvanizou a mobilidade espacial do trabalho, em razão da transformação do desemprego em uma realidade inexorável. No Sertão de Alagoas, o latifúndio e o monopólio das fontes de água pelas oligarquias locais, a presença de camponeses, quilombolas e indígenas vivendo em minifúndios e a existência de trabalhadores privados do acesso ao emprego nos pequenos núcleos urbanos da região, ensejaram a formação de redundantes que, sazonalmente, deslocam-se para o Leste de Alagoas e para outras regiões do país. Parte dessa massa humana costuma ser capturada como trabalho escravo, sujeitando-se às formas mais vis de relações sociais. O Sertão de Alagoas se transformou num lócus espacial onde se formam e se evadem redundantes que acompanham os ciclos do capital.Palavras–chave: Mobilidade espacial; trabalhador redundante; acumulação flexível; reprodução do capital; trabalho escravo.Abstract The article has as desideratum the empiric/theoretical investigation about the labor spatial mobility and its particular demonstrations in the hinterland of Alagoas. A common assumption has been that labor spatial mobility is a specific phenomenon to capitalism and resulting of workers' expropriation and their production resources, that formed a variable, superfluous and mobile mass of capital. The advent of flexible accumulation, at the end of 1960, galvanized labor spatial mobility, on account of the unemployment transformation in an inexorable reality. In the hinterland of Alagoas, the latifundium and monopoly of water sources by local oligarchies, the presence of peasants, quilombolas and natives living in smallholdings and the presence of workers prevented from employment access within the region's small urban areas, brought the formation of superfluous workers that, seasonally, move to the East of Alagoas and to other regions of the country. Part of this human concentration tends to be captured as slave labor, which results in these people's objectification to the vilest forms of social relationships. The hinterland of Alagoas has transformed itself into a spatial locus where superfluous workers who follow the capital cycles are formed and migrate.Keywords: Spatial mobility; superfluous worker; flexible accumulation; reproduction of capital; slave labor.
volume
28
issue
55
Páginas
1103-1121
Date
2018
Língua
pt
issn
2318-2962
título curto
Mobilidade espacial do trabalho
Rights
Direitos autorais 2018 Lucas Gama Lima, Genilda Maria da Silva, Gleiton do Nascimento Feitoza