A biodiversidade suspensa em Guimarães Rosa: os devires do Sertão - DOI 10.5216/ag.v8i1.18871

Item

Título
A biodiversidade suspensa em Guimarães Rosa: os devires do Sertão - DOI 10.5216/ag.v8i1.18871
Ateliê Geográfico
UFMG
UFMG
Autor
Gabriel Túlio Barbosa
Bernardo Machado Gontijo
Assunto
Biodiversidade
Guimarões Rosa
cerrado
modernização
Abstract
O escritor João Guimarães Rosa, além de toda a elaboração estética, do significado mítico-místico e da profunda concepção psicológica de seus personagens, deixa transparecer também em sua obra uma preocupação sobre as questões socioambientais que envolvem o meio físico e social do Cerrado brasileiro. Este artigo se propõe a analisar extratos da obra roseana que expõem a rica biodiversidade deste bioma, a partir de trechos de livros, de considerações de críticos literários sobre o tema, análise das correspondências com seus tradutores e estudos sobre as cadernetas de viagem do autor. Em um segundo momento, pretende-se evidenciar alguns elementos do livro Primeiras Estórias que sugerem uma realidade até então nova para os leitores de Rosa: o aparecimento de uma grande cidade no meio do sertão. No contexto do conto “As margens da alegria” somos surpreendidos pela imagem da construção de uma cidade que, ao que tudo indica, representa Brasília. Assim, a biodiversidade e a vigorosa natureza do Cerrado descrita em grande parte dos livros do escritor passam a dar lugar ao traçado geométrico da futura capital federal, colocando em alerta aquele que seria dali em diante, um dos biomas mais ameaçados pelo modelo de desenvolvimento brasileiro.
volume
8
issue
1
Páginas
128-145
Date
2014
Língua
pt
doi
10.5216/ag.v8i1.18871
issn
1982-1956
título curto
A biodiversidade suspensa em Guimarães Rosa
Rights
Direitos autorais
Coleções
Ateliê Geográfico