Da noçăo de violęncia urbana ŕ compreensăo da violęncia do processo de urbanizaçăo: apontamentos para uma inversăo analítica a partir da Geografia Urbana

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Título
Da noçăo de violęncia urbana ŕ compreensăo da violęncia do processo de urbanizaçăo: apontamentos para uma inversăo analítica a partir da Geografia Urbana
lista de autores
Renata Alves Sampaio
Resumo
Este trabalho procura revelar um movimento do pensamento teórico. Esse pensamento parte de uma consideraçăo ou reconhecimento: o da pertinęncia da noçăo de violęncia urbana para o entendimento dos conteúdos da problemática urbana que se anuncia no mundo moderno. O processo investigativo no entanto revelou os limites explicativos do termo violęncia urbana completamente definido e confundido - no âmbito das Cięncias Humanas de um modo geral - com a noçăo de criminalidade. Essa identidade (violęncia-criminal idade) coloca problemas ŕ análise crítica do urbano e obscurece os caminhos para o desvendamento da essęncia dos conteúdos da prática social que pretendem ser expressos por meio do termo violęncia urbana. Do reconhecimento dos limites o pensamento se movimenta para um segundo momento da pesquisa: o do reconhecimento da insuficięncia da noçăo de violęncia urbana para o desvendamento da relaçăo entre violęncia e problemática urbana. A partir desse movimento o objeto da pesquisa se mobiliza. Posto que nossas perguntas essenciais năo puderam ser suficientemente respondidas a partir da noçăo de violęncia urbana uma inversăo analítica se pôs como necessidade. Para além da noçăo de criminal idade o objetivo da pesquisa passa a ser o desvendamento da constituiçăo de uma violęncia que está necessariamente fundamentada e articulada com os processos de produçăo do espaço urbano e de reproduçăo das relaçőes sociais. Procura-se assim refletir năo mais sobre a violęncia urbana mas o próprio processo de urbanizaçăo como um processo essencialmente violento. Para isso definimos tręs vias de entrada para acessar os conteúdos propriamente violentos do processo de urbanizaçăo a fim de revelar como forças intencionais e provocadoras de profundos danos sociais se realizariam no urbano. Em primeiro lugar consideramos o papel da propriedade privada da terra como um dos fundamentos que realiza a violęncia do processo de urbanizaçăo. Procuramos compreender em que medida a violęncia é representada pelos processos de expropriaçăo e segregaçăo ligados estruturalmente ŕ instituiçăo da propriedade privada da terra como fundamento da urbanizaçăo. Em segundo lugar destacamos o papel do Estado - representado pelo urbanismo/planejamento urbano - na produçăo do espaço urbano e na reproduçăo das relaçőes de troca cujo conteúdo imanente é a violęncia. Por fim procuramos desvendar como alguns dos constrangimentos postos no e pelo processo de urbanizaçăo capitalista constituem ao nível da vida cotidiana formas de manifestaçăo da violęncia intimamente ligada a esse processo. Ainda que a pesquisa năo tenha constituído propriamente um 'estudo de caso' partimos da investigaçăo de um fragmento espacial da metrópole de Săo Paulo: o fragmento que compreende o bairro Real Parque as favelas Real Parque e Jardim Panorama e o Empreendimento Parque Cidade Jardim todo situados administrativamente no distrito do Morumbi zona oeste da capital paulistana. Através da articulaçăo entre totalidade e particularidade procuramos desvendar os conteúdos do processo de urbanizaçăo capitalista centrando nossa análise em um desses conteúdos - a violęncia - que năo se constitui como o único conteúdo nem como o mais importante mas certamente como fundamental ao desvendamento da produçăo do e paço urbano a partir de seus fundamentos críticos.
Abstract
\N
Palavras Chave
VIOLĘNCIA
PROCESSO DE URBANIZAÇĂO
PROPRIEDADE PRIVADA
PLA
Key Words
\N
Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE DE SĂO PAULO
Data
2012
Páginas
148
Localização
CAPH FFLCH USP
uri
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Orientador
ANA FANI ALESSANDRI CARLOS
Programa
GEOGRAFIA (GEOGRAFIA HUMANA)
Sigla Universidade
USP
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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