O PAPEL DAS VIAS DE CIRCULAÇĂO NA COESĂO TERRITORIAL DO ESTADO BOLIVIANO: DA AUDIĘNCIA DE CHARCAS Ŕ BOLÍVIA DE 1971
Item
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Título
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O PAPEL DAS VIAS DE CIRCULAÇĂO NA COESĂO TERRITORIAL DO ESTADO BOLIVIANO: DA AUDIĘNCIA DE CHARCAS Ŕ BOLÍVIA DE 1971
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lista de autores
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FERNANDO SILIANO REYES
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Resumo
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Para entendermos o papel que as vias de circulaçăo desempenharam na tentativa de dar coesăo ao território boliviano buscamos entender a ocupaçăo do espaço andino desde a chegada dos espanhóis no território pré-boliviano nas terras altas de Potosi. Também tentamos analisar os caminhos construídos a partir dessa ocupaçăo seja para o escoamento da prata seja para o abastecimento da populaçăo que orbitava ao redor do complexo mineiro..No decorrer da história da Bolívia independente a circulaçăo foi um dos motes da tentativa de unificaçăo espacial com o Peru comandada pelo general Andrés de Santa Cruz uma vez que na primeira metade do século XIX alcançar o litoral boliviano era uma tarefa extremamente difícil em face da inexistęncia de técnicas que tornassem menos dispendiosa a transposiçăo da escarpa andina..A guerra com o Chile no final do século XIX ainda hoje desperta sentimentos nacionalistas na populaçăo boliviana em funçăo da perda de todo o seu território voltado para o Pacífico. A amputaçăo de sua saída para o mar fez com que o governo boliviano exigisse do vencedor Chile a construçăo de uma estrada de ferro. Esta ligaria o país a um porto no Pacífico a fim de seu comércio internacional năo fosse sufocado e sua economia arruinada devido a sua condiçăo mediterrânea..A disputa com o Brasil pelo território do Acre levou a Bolívia mais uma vez a pensar em uma soluçăo circulatória que permitisse o escoamento da borracha uma mercadoria entăo cobiçada no mercado internacional. No acordo entre os dois países o Brasil se comprometeu a construir uma estrada de ferro para escoar a mercadoria boliviana pelos rios da bacia amazônica..A guerra do Chaco disputada com o Paraguai cujo motivo teria sido uma disputa por petróleo na realidade foi uma tentativa de o governo boliviano alcançar o Atlântico utilizando o rio Paraguai. A derrota fez com que a Bolívia conseguisse acessar o Oceano Atlântico por intermédio da construçăo de uma ferrovia entre Santa Cruz de la Sierra e Corumbá na fronteira com o Brasil e de lá até o porto de Santos. Além dessa alternativa a Bolívia também se utilizou do transporte ferroviário para alcançar o Atlântico via Argentina chegando até o porto de Buenos Aires..A violenta derrota boliviana na guerra do Chaco abriu cicatrizes que culminaram na Revoluçăo Nacionalista de 1952. O governo nacionalista estatizou as ferrovias e criou uma empresa estatal para cuidar das rodovias da Bolívia porém ao incentivar a construçăo de estradas de rodagem a ingeręncia estadunidense inviabilizou a efetiva integraçăo territorial boliviana por vias férreas e por extensăo a ligaçăo ferroviária entre os oceanos Atlântico e Pacífico pela uniăo dos portos de Arica no Chile e de Santos no estado de Săo Paulo.
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Abstract
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Palavras Chave
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BOLÍVIA
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CIRCULAÇĂO
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CONFLITO
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INTEGRAÇĂO
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GEOPOLÍTICA
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE DE SĂO PAULO
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Data
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2010
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Páginas
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145
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Localização
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CAPH FFLCH-USP
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Orientador
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ANDRE ROBERTO MARTIN
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Programa
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GEOGRAFIA (GEOGRAFIA HUMANA)
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Sigla Universidade
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USP
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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