CAVERNAS COMO PAISAGENS RACIONAIS E SIMBÓLICAS: IMAGINÁRIO COLETIVO NARRATIVAS VISUAIS E REPRESENTAÇŐES DA PAISAGEM E DAS PRÁTICAS ESPELEOLÓGICAS

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Título
CAVERNAS COMO PAISAGENS RACIONAIS E SIMBÓLICAS: IMAGINÁRIO COLETIVO NARRATIVAS VISUAIS E REPRESENTAÇŐES DA PAISAGEM E DAS PRÁTICAS ESPELEOLÓGICAS
lista de autores
Luiz Afonso Vaz de Figueiredo
Resumo
O objetivo do presente trabalho foi analisar os processos que levaram ŕ invençăo das práticas espeleológicas e do fenômeno espeleoturístico sua produçăo social internacional e inserçăo no contexto brasileiro. Considera-se que o desenvolvimento da espeleologia como atividade de múltiplo sentido técnico esportivo científico lazer e contato com a natureza foi determinante para a geraçăo do deslocamento e fluxos de pessoas para regiőes onde existam sítios espeleológicos. Considera-se como ponto de partida que essa é a base apropriada pelo mercado visando ŕ implantaçăo do turismo em cavernas. A abordagem teórico-metodológica multirreferencial parte dos conceitos da fenomenologia da imaginaçăo de Bachelard e dos aportes da geopoética e da geografia humanístico-cultural com contribuiçőes também da percepçăo ambiental e da topofilia (Tuan). Pretendeu-se estudar o imaginário coletivo e os aspectos simbólicos da relaçăo das sociedades humanas com as cavernas. Procurou-se ainda verificar as dinâmicas e fatores determinantes do processo espeleoturístico. Os procedimentos metodológicos enfatizaram uma análise das narrativas visuais e da produçăo de sentidos a partir das práticas discursivas de percepçăo da paisagem relativas ŕs cavernas brasileiras sua visitaçăo turística e a proteçăo ambiental destacando um estudo de caso no Vale do Ribeira (SP). Foi realizada uma ampla análise documental utilizando materiais diversificados (textos filosóficos religiosos e literários) coletados em bibliotecas livrarias e alguns casos também em meio eletrônico. As imagens foram recolhidas em websites ligados ao tema caverna ou áreas afins seja de entidades oficiais ou blogs e fotologs pessoais. Realizou-se também uma análise fílmica de 42 produçőes cinematográficas. O levantamento fotogeográfico e sociocultural das práticas espeleológicas e espeleoturísticas foi produzido durante as viagens de campo realizadas entre 2000-2010 em vários pontos do Brasil com ęnfase para o Alto Ribeira e também em outros países (Portugal Cuba) gerando um corpus com milhares de fotografias acrescidas de outras disponibilizadas por colaboradores. Utilizou-se ainda métodos diversificados de entrevista tais como gravaçőes de depoimentos orais e entrevistas eletrônicas por meio de questionário próprio com 21 espeleólogos sendo que 18 deles propiciaram dados sobre a representaçăo do ser espeleólogo. Questionários sobre as representaçőes sociais de cavernas foram incorporados ao estudo aproveitando material que vimos produzindo no âmbito da Seçăo de História da Espeleologia da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) desde 1998 envolvendo 461 indivíduos. Os sujeitos principais săo estudantes da educaçăo básica ou do ensino superior contrapondo moradores de áreas urbanas paulistas ou das proximidades das áreas de sítios espeleológicos como no caso de Iporanga (SP). Os resultados demonstraram as influęncias do imaginário poético e do conteúdo simbólico das cavernas no desenvolvimento da atividade espeleológica e espeleoturística. As representaçőes da paisagem cárstica e das práticas espeleológicas apareceram com extrema riqueza tanto nos depoimentos quanto nos documentos relacionados com temas filosóficos religiosos literários ou cinematográficos. É de fundamental importância ampliaçăo dos processos educativos na formaçăo do espeleólogo e dos cavernistas a difusăo das práticas espeleológicas e disseminaçăo da espeleologia aproximando racionalidades e subjetividades. Isso nos permite repensar sobre nossa relaçăo histórica com o mundo subterrâneo as interaçőes da espeleologia e do turismo ao longo da trajetória da sociedade contemporânea.
Abstract
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Palavras Chave
GEOGRAFIA HUMANÍSTICA (GEOPOÉTICA)
CAVERNAS
Key Words
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Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE DE SĂO PAULO
Data
2010
Páginas
466
Localização
CAPH - FFLCH - USP
uri
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Orientador
SUELI ÂNGELO FURLAN
Programa
GEOGRAFIA (GEOGRAFIA FÍSICA)
Sigla Universidade
USP
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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