A beiradeira e o gritador: ocupaçăo e conflito no oeste do Pará
Item
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Título
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A beiradeira e o gritador: ocupaçăo e conflito no oeste do Pará
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lista de autores
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Mauricio Gonsalves Torres
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Resumo
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Como tantos outros extrativistas da Amazónia a populaçăo de Montanha e Mangabal teve seu embriăo no primeiro ciclo da borracha em meados do século XIX quando parte de seus ascendentes se instalou naquelas margens do Alto Tapajós..Desde entăo eles resistiram a escravidăo por dívida na forma do aviamento venceram as incertezas vindas com o fim "dos tempos da seringa" encontraram soluçőes quando acabou o comércio das "peles de gatos" sobreviveram ŕ chegada - e ŕ derrocada - dos garimpes ŕ malária ŕ contaminaçăo por mercúrio e ao que mais foi preciso..Na década de 1970 muitos deles foram expulsos - com requintes de truculęncia - de parte de seu território com a criaçăo do Parque Nacional da Amazónia. Mas a gente de Montanha e Mangabal persistiu também a isso e todos se reagruparam rio acima..Os anos 70 trouxeram ainda o acirramento da grilagem incentivada pelo garimpo e pelas obras da BR-163. Os beiradeiros concentraram-se na margem esquerda do rio Tapajós e unidos resistiram..Entăo apareceu a Indussolo uma empresa paranaense autora da mais grandiosa e sofisticada fraude fundiária das tantas que a Amazónia é palco. Por meio de sentença judicial obtiveram um Registro Torrens uma espécie rara de título fundiário que legitimado pelo judiciário torna a matrícula do imóvel incancelável e irretifďcável. Assim a empresa "engoliu" a espantosa dimensăo de 1.138.000 hectares e dentro deles quase todo o território de Montanha e Mangabal..Por anos eles vinham lutando contra a Indussolo quando em 2006 o Ministério Público Federal instaurou uma açăo civil pública atacando a matrícula Torrens a fim de tutelar a ocupaçăo ancestral da populaçăo de Mangabal e Montanha..Esse trabalho nasceu desse momento na intençăo inicial de elaborar um levantamento fundiário que evidenciou o imenso ardil da empresa. Por outro lado a partir da viva fidelidade da tradiçăo oral do grupo pode-se retratar a outra face da ocupaçăo daquelas terras: oito geraçőes daquelas pessoas nascidas e enterradas naquela terra.
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Abstract
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Palavras Chave
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DIREITO Ŕ TERRA
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AMAZÔNIA
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GRILAGEM
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EXPROPRIAÇĂO
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Key Words
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Tipo
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MESTRADO
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Universidade
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UNIVERSIDADE DE SĂO PAULO
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Data
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2008
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Páginas
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312
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Localização
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CAPH-FFLCH-USP
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Orientador
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ARIOVALDO UMBELINO DE OLIVEIRA
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Programa
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GEOGRAFIA (GEOGRAFIA HUMANA)
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Sigla Universidade
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USP
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Área de Concentração
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Língua
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Português
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email
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