Maracatu: a centralidade da periferia.

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Título
Maracatu: a centralidade da periferia.
lista de autores
Paola Verri de Santana
Resumo
O maracatu tem sido reduzido a um estilo musical e de dança proveniente do Estado de Pernambuco uma estética do Nordeste do Brasil. Firmado no período da escravidăo tem importante participaçăo no carnaval do Recife e sobrevive através de suas bases na religiosidade do candomblé e na unidade familiar. Nos bairros pobres da cidade onde vive ele luta contra a pobreza e a violęncia ao levar ao centro a presença simbólica de rainhas e reis negros. Isso representa uma festa social resultante de um espetáculo político oriundo de pacto entre tręs reinos no período colonial: o Congo a Igreja Católica e o poder monárquico Português. A longa história do maracatu mostra como a sociedade e a cidade tęm vida subjugada e policiada. A prática social/espacial do maracatu oferece justificativa suficiente para uma pesquisa nesta área no sentido de desenvolver a Geografia Urbana. Este projeto traz uma análise do espaço em sua totalidade. Aspectos mentais físicos sociais políticos e econômicos săo estudados. A forma espacial dominante centro de riqueza e de poder busca reduzir as resistęncias espaciais periféricas. Certas áreas săo definidas para o turismo assim o espetáculo econômico se realiza. O autoritarismo burocrático e político reproduzem as relaçőes sociais de produçăo. O maracatu visto como folclore é apreendido como produto no espaço capitalista mesmo sem ter parado de mover-se entre o passado e o presente. O Maracatu Leăo Coroado está em Águas Compridas bairro pobre de Olinda. Esta Naçăo que dança e canta desde 1863 tem viajado por cidades na Europa e no Brasil: Săo Paulo Rio de Janeiro etc. Mesmo disseminado o maracatu ainda năo é bem conhecido nacionalmente. Entretanto muitos jovens habitantes do centro encontraram na periferia um meio de escapar aos estranhamentos do cotidiano. Deslocam-se em direçăo aos lugares pobres onde outros tęm o crime como meio de vida. Estes movimentos transformam os espaços periféricos e os indivíduos quando a periferia ganha centralidade. Contraditoriamente uma nova geraçăo parece produzir o espaço de modo a manter o sentido de festa do maracatu.
Abstract
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Palavras Chave
PERIFERIA
CENTRALIDADE
MARACATU
RECIFE
PERNAMBUCO
BRASIL
Key Words
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Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE DE SĂO PAULO
Data
2006
Páginas
366
Localização
CAPH-FFLCH-USP
uri
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Orientador
ANA FANI ALESSANDRI CARLOS
Programa
GEOGRAFIA (GEOGRAFIA HUMANA)
Sigla Universidade
USP
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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