Nos Confins da Metrópole: O urbano ŕs margens da Represa Guarapiranga em Săo Paulo

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Título
Nos Confins da Metrópole: O urbano ŕs margens da Represa Guarapiranga em Săo Paulo
lista de autores
Sérgio Manuel Meręncio Martins
Resumo
A partir das tendęncias de deterioraçăo na qualidade das águas da represa Guarapiranga um dos principais mananciais para o abastecimento de água da regiăo metropolitana de Săo Paulo que se agravaram durante os anos 80 sobretudo em funçăo do aporte de esgotos domésticos oriundo da extensăo precária do tecido urbano na área correspondente ŕ bacia hidrográfica sob fortes restriçőes desde a instituiçăo da chamada lei de proteçăo aos mananciais em meados do decęnio anterior a atuaçăo do Estado passou a se valer de outros instrumentos para enfrentar a realidade urbana perante a qual aquele aparato legal mostrou-se flagrantemente inócuo para o cumprimento de seus propósitos formais...O Programa de Saneamento Ambiental da Bacia do Guarapiranga esboçado inicialmente no âmbito da Companhia de Saneamento Básico do Estado de Săo Paulo de acordo com as preocupaçőes referentes ŕ elevaçăo nos custos para o tratamento das águas do reservatório bem como com as potenciais implicaçőes â ampliaçăo do Sistema Adutor Metropolitano decorrentes de tal comprometimento foi redimensionado por equipes do governo estadual e do Banco Mundial que passou a ser um de seus financiadores. Passando a contar com uma arquitetura institucional cujos pressupostos e objetivos como constam nos documentos oficiais incluem a participaçăo das diversas instâncias do governo estadual e dos governos municipais que tęm interesses específicos na represa a participaçăo de entidades representantes da sociedade civil 'de forma a garantir uma legitimaçăo das açőes/medidas que venham a ser implementadas' e a constituiçăo de uma unidade de gerenciamento com vistas ŕ centralizaçăo das açőes de coordenaçăo e supervisăo de sua consecuçăo "em resposta ŕ demanda do próprio Banco' o Programa Guarapiranga foi apresentado como uma espécie de experięncia preparatória ŕ concepçăo de uma 'nova política' voltada aos mananciais. O que acabou ocorrendo ao final de 1997 fato saudado por vários profissionais e estudiosos...Consentânea com um modelo institucional engendrado no sentido de emoldurar os conflitos e contradiçőes envolvidos no uso das águas no quadro do que se convencionou denominar de gerenciamento dos recursos hídricos a 'nova política' foi fortemente bafejada pela ecologizaçăo da questăo urbana. A partir das indicaçőes da incorporaçăo decisiva de tais representaçőes da urbanizaçăo pela açăo do Estado observei neste trabalho que as concepçőes sobre a vida social a partir da definiçăo dos papéis e lugares a serem ocupados pelos indivíduos para a manutençăo do equilíbrio 'da casa" atualizam e complementam as práticas historicamente utilizadas pelas classes dominantes periféricas e heterônomas para prevalecer no Brasil. A conformaçăo de um arranjo institucional consagrado a por em cena o cidadăo postiço e caricato representado pelo usuário ele próprio representante de uma democracia dessubstancializada atada ao mundo das mercadorias ao movimento fantasmagórico das formas sociais produzidas pelos próprios homens mas que se sobrepőem ŕs necessidades sociais e se nutrem delas tem reforçado a recusa secular das classes dominantes no Brasil ao reconhecimento do Outro e sua conseqüente negaçăo ŕs tentativas de constituiçăo de um campo da política referido ŕs necessidades advindas da sociedade civil com vistas ŕ configuraçăo de um espaço público enquanto práxis transformadora
Abstract
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Palavras Chave
METRÓPOLE
URBANIZAÇĂO
ESTADO
MEIO
AMBIENTE
Key Words
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Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE DE SĂO PAULO
Data
1999
Páginas
219
Localização
CAPH-USP
uri
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Orientador
Odette Carvalho de Lima Seabra
Programa
GEOGRAFIA (GEOGRAFIA HUMANA)
Sigla Universidade
USP
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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