MORFOLOGIA CÁRSTICA E MATERIAIS CONSTITUINTES: DINÂMICA E EVOLUÇĂO DA DEPRESSĂO POLIGONAL MACACOS - BAÚ - CARSTE DE LAGOA SANTA MG

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Título
MORFOLOGIA CÁRSTICA E MATERIAIS CONSTITUINTES: DINÂMICA E EVOLUÇĂO DA DEPRESSĂO POLIGONAL MACACOS - BAÚ - CARSTE DE LAGOA SANTA MG
lista de autores
LUÍS BEETHOVEN PILO
Resumo
A área de estudo está localizada a 40 km ao norte de Belo Horizonte capital de Minas Gerais sendo constituída por uma unidade morfológica representativa da bacia de drenagei-n do córrego Samambaia (regiăo cárstica de Lagoa Santa) denominada de depressăo pollgonal Macacos-Baú.......Foram elaborados estudos das morfoiogias cársticas e dos materiais constituintes nas tręs zonas que formam o carste local-. exocarste eplcarste e endocarste. Esses parâlnetros foram inter-relacionados no sentido de identificar e analisar processos responsáveis pela dinâmica do relevo cárstlco assim como episódios de sua evoluçăo.......A análise do substrato rochoso constatou que a porosidade secundária tem destacada influęncia nas morfologias cársticas. As fraturas NW-SE e NE-SW condicionam o alinhamento de paredőes e dollnas as principais rotas de fluxo subterrâneo o padrăo planlmétrlco das cavernas e as feiçőes de abatimento. A foliaçăo N-S I' 5' E está presente na abertura de proto-condutos nas feiçőes de abatimento nos laplás de juntas e alongamento de dollnas. As lineaçőes E-W condícionam particularmente os laplás do tipo alveolares (wallpockets).......No levantamento do exocarste foi possível constatar e classificar um diversificado conjunto morfológico onde se destacou particularmente as dolinas e as formas residuais calcarias. Dataçőes Ui'Th em capas estalagmítlcas relacionadas com dados morfométrlcos das dollnas permitiram estimar taxas máximas de aprofundamento dessas feiçőes entre I I Omm a 26Omm/ka. Também foi possível evidenciar diversos registros de processos superficiais na elaboraçăo do relevo dentre os quais o creep abatimentos rochosos e da cobertura desligamentos e escoamento superficial concentrado. Diante de dataçăo Cl4 em material orgânico enterrado foi possível estabelecer uma taxa de sedimentaçăo da dolina do Baú em mais de 3mm/ano...Estudos mineralóglcos e químicos dos materiais da cobertura pedológlca possibilitaram deduzir que os horizontes vermelhos e amarelados seriam originados principalmente da alteraçăo dos filítos que no pretérito recobrlram os calcários. Diante da reconstituiçăo por aproximaçăo geométrica dos horizontes de solos observou-se que estes săo concordantes com ŕ superfície topográfica atual. Esse tipo de cobertura sem dlscordância entre os horizontes e paralelos ŕ topografia seriam coberturas em equilíbrio com as condiçőes pedocllmátlcas atuais.......Um modelo de drenagem interna dos solos foi proposto: drenagem vertical e rápida nos vermelhos em posiçőes mais superficiais e drenagem lateral ao longo da zona de contato com a rocha onde prevalecem os solos amarelados. Sob a cobertura constatou-se um relevo eplcárstleo muito desenvolvido formado por pequenas torres cobertas testemunhando uma carstificaçăo intensa em subsuperficie.......Foi possível estimar preliminarmente a idade m @axima para o início da dissecaçăo do Planalto Confins-Ferradores em I 9M.a. atribuível ao Pllo-Plelstoceno. A partir dessa morfologia teve início a instalaçăo de um carste de depressőes fechadas poligonais relacionado ao desenvolvimento da drenagem subterrânea.......O estabelecimento de relaçőes entre formas subterrâneas o sítios deposicionais proporcionou a interpretaçăo de uma longa fase freátlca (singenétlca) para a formaçăo das cavernas seguida por ciclos de sedimentaçăo e erosăo que proporcionaram fases de evoluçăo paragenética tardia. Na gruta do Baú esses ciclos envolveram w-n periodo entre mais de 135 Ka a 60 Ka. Constatou-se que as idades fomecldas pelos depósitos químicos das cavernas săo concordantes com um estadial da última glaciaçăo (estágio lsotóplco 4) e com a penúltima glaciaçăo dos Andes (estágio lsotópico 61).......Foi possível constatar que o modelado cárstlco está evoluindo através de um conjunto de inter-relaçőes entre o endocarste o epicarste e o exocarste reforçando através de evidęncias a existęncia de um sistema morfogenético aclopado desde o Quaternário Superior envolvendo as tręs referidas zonas.
Abstract
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Palavras Chave
GEOMORFOLOGIA
PEDOLOGIA
ESPELEOLOGIA
Key Words
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Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE DE SĂO PAULO
Data
1998
Páginas
277
Localização
CAPH - USP
uri
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Orientador
SELMA SIMOES DE CASTRO
Programa
GEOGRAFIA (GEOGRAFIA FÍSICA)
Sigla Universidade
USP
Área de Concentração
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Língua
Português
email
pilo@inet.com.br