Geografia e complexidade: das diferenciaçőes de áreas ŕ nova cogniçăo do sistema Terra-Mundo.

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Título
Geografia e complexidade: das diferenciaçőes de áreas ŕ nova cogniçăo do sistema Terra-Mundo.
lista de autores
Rodrigo Dutra Gomes
Resumo
O projeto de conhecimento moderno entre os século XVI e XVIII – da Renascença ao Iluminismo – buscou construir uma cięncia de pretensőes universalistas objetiva e descobridora de leis infinitas. Pretensőes expandidas para a moralidade com os esforços Iluministas voltados ŕ emancipaçăo e libertaçăo humana. Todo o particular e contingente na natureza buscou ser domado e submetido ŕs leis soberanas. A experięncia geográfica do período (ex. As grandes descobertas) e a concepçăo de espaço a matriz espacial com o Espaço e Tempo absolutos homogęneos e infinitos de Newton detiveram influęncia marcante na estruturaçăo deste projeto. O Tempo foi considerado como mais fundamental do que o espaço traduzido num sentido de 'controle e determinaçăo' na cięncia e de 'progresso histórico' para a sociedade humana. Contudo bem distanciou-se da emancipaçăo da humanidade ao favorecer a expansăo capitalista com base segregaçăo e exploraçăo do homem pelo homem. Essas pretensőes e matriz espacial entraram em crise no final do século XVIII quando dentre outras a experięncia geográfica (as exploraçőes naturalistas continentais) trouxeram as particularidades e contingęncia como năo redutíveis ŕs totalizaçőes mecanicistas exigindo uma nova figura de natureza – orgânica – e sistematizaçăo dos fenômenos. A Geografia moderna surge para organizar e estruturar uma nova matriz espacial com a problemática de se ordenar-universalizar a multiplicidade e particularidades observadas na superfície terra. E foi justamente a partir deste embate entre o universal e o particular que caracterizou-se o dinamismo da modernidade e da Geografia enquanto cięncia até os dias atuais (internacionalismo/nacionalismo global/local sistemático/regional determinismo/possibilismo nomotético/idiográfico Espaço/Lugar). No século XX a crise da matriz espacial e razăo se aprofundaram e atingiram uma situaçăo de limiar agora no início do XXI. Importantes mudanças na experięncia espacial e desenvolvimentos científicos na primeira metade do XX repercutiram na Geografia depois de 50 com a Nova Geografia mas que ainda manteve acesas as pretensőes de um conhecimento voltado ao universal-infinito. Na segunda metade do século XX se estabeleceu um 'salto qualitativo' em relaçăo ŕ crise. Tanto na experięncia espaçotemporal da Sociedade Informacional quanto nos avanços na cięncia ligados ŕ emergęncia do contexto da Complexidade colocaram-se em xeque o sentido de universal e sua relaçăo com o particular reconhecendo sua paridade e interpenetraçăo. Isso traz perspectivas de ajustes ontológicos e epistemológicos que permitem tendo a Complexidade como apoio conceber a possibilidade de construçăo de uma nova cogniçăo do Sistema Terra-Mundo referente ŕ construçăo de um novo projeto de sociedade conhecimento e humanidade. A Geografia encontra-se numa situaçăo de limiar. Neste vislumbre reconhece-se o caráter fundamental de particularidades histórico-geográficas dos fenômenos da natureza e geográficos. As dualidades e fundos dicotômicos persistentes se dissolvem e fluem numa perspectiva organizacional sem perder suas distinçőes e legitimidades. O panorama é de diálogos e comunhőes entre as formas de conhecimentos antes pautadas na referęncia dual e busca de terceiras proposiçőes. O espaço – as interaçőes espaciais – torna-se o configurador do dinamismo temporal agora năo guia exterior mas atrelado ŕs particularidades de vivęncia – temporalidades – dos corpos. O espaço torna-se a coexistęncia da multiplicidade das temporalidades antevę-se uma nova postura de reconstruçăo do projeto de humanidade agora a partir do aporte espacial com respeito ŕ convivęncia das diferenças. O progresso deixa de ser algo externo e impositor ŕ favor do capital para tornar-se vinculado aos objetivos e pretensőes específicas em cada caso. A noçăo de diferenciaçăo de áreas retorna como pertinente baliza para a conjugaçăo destes entendimentos. Destaca-se na reconstruçăo do projeto de humanidade pois as diferenciaçőes as multiplicidades espacialmente manifestas coloca em relevo a pertinęncia e necessidade de se incorporar e desenvolver a alteridade na prática científica.
Abstract
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Palavras Chave
GEOGRAFIA
COMPLEXIDADE
EPISTEMOLOGIA
Key Words
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Tipo
DOUTORADO
Universidade
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Data
2010
Páginas
273
Localização
BIBLIOTECA CENTRAL
uri
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Orientador
Antonio Carlos Vitte
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UNICAMP
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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