Mudanças da estrutura fundiária de Mato Grosso (1992-2003)

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Título
Mudanças da estrutura fundiária de Mato Grosso (1992-2003)
lista de autores
Matuzalem Bezerra Cavalcante
Resumo
Este trabalho faz parte do processo de qualificaçăo da categoria Estrutura Fundiária do DATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra. Com ele tivemos o intuito de analisar os impactos socioterritoriais que ocasionaram as mudanças da estrutura fundiária de Mato Grosso de 1992 a 2008. Tal esforço se justifica pelo fato de entre 1992 a 2003 Mato Grosso liderar o ranking dos Estados que mais expandiram suas áreas agricultáveis segundo os dados do SNCR/Incra com 24.699.465 20 hectares. O desenvolvimento desse trabalho contou num primeiro momento com a localizaçăo das áreas com maior expansăo e a extensăo média das propriedades. Num segundo momento fizemos um cruzamento dos dados da estrutura fundiária e do uso do solo em escala microrregional. O terceiro momento contou com o levantamento e o estudo das áreas de maior concentraçăo através de trabalhos jornalísticos e científicos publicados no período estudado bem como por meio de home pages de órgăos governamentais e năo governamentais de escalas municipal estadual e federal. No quarto momento nos firmamos no esforço de abstrair a realidade de maneira a entendermos a realidade e suas contradiçőes. Através do cruzamento dos dados da estrutura fundiária e uso do solo identificamos que nas áreas onde ocorre maior expansăo coincidem com as regiőes onde o circuito do agronegócio da soja se territorializa ou com áreas de fronteira agropecuária onde a dinâmica da soja ainda năo está presente. Através dos resultados que encontramos “criamos” a hipótese que a instalaçăo de grandes empresas agrícolas agroindustriais e de transporte assim como os diversos investimentos em infra-estrutura săo fortes mecanismos impulsionadores da expansăo de áreas agriculturáveis na ótica do capital. Nesse sentido percebemos que a apropriaçăo da terra e os conflitos por ela gerados em muitos casos estăo associados diretamente a uma apropriaçăo capitalista. Nesse processo de expansăo tecno-mercantil há a apropriaçăo do meio físico e do trabalho para a constituiçăo do chamamos de território da soja. Esse conceito é muito válido para entendermos a face da territorialidade capitalista que reestrutura produtivamente uma regiăo inteira em funçăo de um produto. É por meio dele que vamos tentar centralizar um dos mais profundos impactos socioterritoriais do campo brasileiro.
Abstract
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Palavras Chave
ESTRUTURA FUNDIÁRIA
MATO GROSSO
Key Words
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Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO ( PRE
Data
2008
Páginas
217
Localização
FCT/UNESP
uri
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Orientador
Bernardo Mançano Fernandes
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UNESP-PP
Área de Concentração
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Língua
Português
email
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