OS MOVIMENTOS SOCIAIS DE LUTA PELA TERRA E PELA REFORMA AGRÁRIA NO PONTAL DO PARANAPANEMA: TRAMA SOCIAL E DINÂMICA TERRITORIAL

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Título
OS MOVIMENTOS SOCIAIS DE LUTA PELA TERRA E PELA REFORMA AGRÁRIA NO PONTAL DO PARANAPANEMA: TRAMA SOCIAL E DINÂMICA TERRITORIAL
lista de autores
EDVALDO CARLOS DE LIMA
Resumo
A estrutura fundiaria da regiăo do Pontal do Paranapanema configurou-se num complexo processo de ocupaçăo que histórica e geograficamente singularizou-se pela grilagem de terras por latifundiários. A regiăo localiza-se no extremo oeste paulista e está composta por 32 municípios. Abrange um total de quase 1 milhăo de hectares ocupados irregularmente dos quais 444 mil hectares foram terras declaradas devolutas pelo Instituto de Terras de Săo Paulo (ITESP). A partir do final da década de 80 iniciam-se as açőes políticas dos Movimentos Sociais de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária (MOSLUTRA) contra os latifúndios improdutivos no Pontal. A luta pela terra e pela reforma agrária toma uma nova forma: a ocupaçăo por acampamento. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi o primeiro a organizar trabalhadores e trabalhadoras mobilizando-os para a açăo politica em diversas formas de ocupaçăo. Dentro deste conflito entre as classes envolvidas latifundiários e trabalhadores sem terra surgem também as dissidęncias organizadas pelos conflitos internos ao Movimento com um todo. Em 1998 surge o Movimentos dos Agricultures Sem Terra (MAST) principal marco de dissidęncia do MST no Pontal do Paranapanema no mesmo ano no interior no MAST surge o Movimento Unidos Sem Terra (MUST) que năo sobreviveu autonomamente por muito tempo. Os trabalhadores dissidentes uniram-se novamente ŕs fileiras do próprio MAST e a outros Movimentos que foram se configurando na regiăo. Constatamos neste trabalho que as dissidencias no interior dos MOSLUTRA surgem principalmente por divergęncias político-ideológicas entre as lideranças e os próprios trabalhadores. A partir das disseidencias surgem os novos Movimentos que reivindicam terras para fins de reforma agrária porém as formas de luta săo diferenciadas e respondem a concepçőes determinadas de reforma agrária subsidiadas por posicionamentos político-partidários próximos ŕ Social Democracia e/ou por éticas religiosas de diversas Igrejas Protestantes. Até o momento o Estado Brasileiro desenvolveu tăo só políticas públicas paliativas que năo condizem com a concepçăo de uma Reforma Agrária estrutural configurando o que veio a se denominar de Reforma Agrária de Mercado do Banco Mundial (BM). E esta morosidade na resoluçăo da questăo agrária é o ponto crucial do conflito das dissidęncias dos MOSLUTRA.
Abstract
\N
Palavras Chave
MOVIMENTOS SOCIAIS
LUTA PELA TERRA
REFORMA AGRÁRIA
Key Words
\N
Tipo
MESTRADO
Universidade
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO ( PRE
Data
2006
Páginas
132
Localização
FCT/UNESP
uri
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Orientador
Antonio Thomaz Júnior
Programa
GEOGRAFIA
Sigla Universidade
UNESP-PP
Área de Concentração
\N
Língua
Português
email
edvaldo.edvlima@gmail.com