Estado e ilegalismo: qual geografia? Uma abordagem dos fluxos de mercadorias na África e no Oriente Médio
Resumo
Este artigo investiga as práticas de transgressão da lei e a
ligação entre ilegalidade e espaço, tomando como exemplo o comércio
transnacional de produtos comuns. Primeiramente, o artigo retoma a
dificuldade de nomear os fluxos e os limites de uma classificação
baseada em categorizações binárias e estadocêntricas. Em seguida, o
texto ressalta o papel-chave do Estado na delimitação legal/ilegal a
partir de uma perspectiva foucaultiana. Essa delimitação é construída
por dirigentes no poder que aplicam a lei de forma diferenciada e a
instrumentalizam de acordo com seus próprios interesses. Desse modo, as
relações locais entre agentes do Estado e traficantes dizem respeito
mais à simbiose do que à oposição. Jogo transgressor com as regras, a
informalidade não se encontra fora, mas no coração do Estado. Por fim, o
artigo aborda o impacto espacial das atividades informais e ilegais,
argumentando que elas são espacialmente seletivas e privilegiam certos
locais ou nichos, tais como as regiões fronteiriças.
Palavras-chave
Comércio Transnacional; Informal; Ilegal; Estado; Ilegalismo; Espaço Fronteiriço.
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