A plasticidade da metrópole de São Paulo. Reprodução do espaço, financeirização e propriedade imobiliária .
Resumo
O presente artigo parte do pressuposto de que os processos
extremos na constituição da cidade estão relacionados ao aprofundamento
da crise capitalista das últimas décadas e da necessidade de tornar
plástica a materialidadeque expressa a cidade, de modo que se possa
garantir a produção e/ou circulação e valorização do capital, através da
transformação do uso e do sentido dos lugares. Esta transformação
pressupõe, ou a desvalorização de parcelas da metrópole, ou a negação da
vida existente, do uso e do espaço produzido nas diferente faces da
periferia. Desse modo, o uso da metrópole, até mesmo a partir de sua
condição mais elementar, que é o habitar, está exposto à violência da
lógica da produção de espaços produtivos, resultando na expulsão de
milhares de habitantes, especialmente os mais pobres, para áreas cada
vez mais distantes das centralidades de equipamentos, serviços públicos e
comércio.
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