O livro didático de Geografia para as séries iniciais do Ensino Fundamental e formação docente no Brasil
Resumo
Neste artigo, apresentamos um histórico do livro didático e as
relações de sujeição dos docentes das séries iniciais com este recurso,
vinculando-as à formação que recebem e às políticas voltadas à
disseminação do seu uso. Demonstramos que a fragmentação do objeto e da
razão está no cerne da identidade da polivalência do professor do
referido nível de ensino, e se expressa nas políticas voltadas à sua
formação, na elaboração dos Parâmetros e Diretrizes Curriculares
Nacionais, na política nacional de livros didáticos, em sua produção e,
consequentemente, na indicação destes últimos e sua utilização,
demonstrando a necessidade de ruptura com a razão fragmentária nos
diversos âmbitos do ensino. Refletimos sobre os encontros e desencontros
entre o currículo das séries iniciais e o livro didático de geografia,
que não dialogam entre si, o que reforça a manutenção de uma prática
pedagógica docente e formação discente fragmentárias. Apontamos, enfim,
para a necessidade de políticas educacionais de formação de professores
das séries iniciais voltadas à contraposição dos fundamentos da razão
moderna ocidental, o que implica em uma formação e produção livresca
fundadas na dúvida do sujeito e não no “corte do objeto” que fundamenta o
“corte da razão” e as práticas disciplinares do professor polivalente.
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