O livro didático de Geografia para as séries iniciais do Ensino Fundamental e formação docente no Brasil

Ângela Massumi Katuta, Simone Conceição Pereira Déak

Resumo


Neste artigo, apresentamos um histórico do livro didático e as relações de sujeição dos docentes das séries iniciais com este recurso, vinculando-as à formação que recebem e às políticas voltadas à disseminação do seu uso. Demonstramos que a fragmentação do objeto e da razão está no cerne da identidade da polivalência do professor do referido nível de ensino, e se expressa nas políticas voltadas à sua formação, na elaboração dos Parâmetros e Diretrizes Curriculares Nacionais, na política nacional de livros didáticos, em sua produção e, consequentemente, na indicação destes últimos e sua utilização, demonstrando a necessidade de ruptura com a razão fragmentária nos diversos âmbitos do ensino. Refletimos sobre os encontros e desencontros entre o currículo das séries iniciais e o livro didático de geografia, que não dialogam entre si, o que reforça a manutenção de uma prática pedagógica docente e formação discente fragmentárias. Apontamos, enfim, para a necessidade de políticas educacionais de formação de professores das séries iniciais voltadas à contraposição dos fundamentos da razão moderna ocidental, o que implica em uma formação e produção livresca fundadas na dúvida do sujeito e não no “corte do objeto” que fundamenta o “corte da razão” e as práticas disciplinares do professor polivalente.

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