Reservas Particulares Ecológicas e as contradições do espaço urbano: reflexões sobre os desafios da implementação das diretrizes legais no território de Belo Horizonte
Resumo
Em espaços urbanos densamente ocupados, como nas metrópoles
brasileiras, as chamadas Reservas Particulares Ecológicas possuem
relevância ainda pouco discutida quanto à proteção ambiental e,
especificamente, quanto aos recursos hídricos. Com base neste
pressuposto, o objetivo deste trabalho é abordar e levantar reflexões
sobre os conflitos referentes à aplicação da Lei Federal nº 7.803, de 18
de julho de 1989, em Belo Horizonte (MG), e, também, sobre a possível
alternativa de minimizá-los, transformando as Áreas de Preservação
Permanente (APPs) em unidades de conservação por iniciativa de
particulares, mediante leis municipais. Os procedimentos metodológicos
estão baseados em levantamento de documentos ofiiais e trabalhos de
campo, que possibilitaram o desenvolvimento das reflxões ao longo do
artigo. Os resultados indicam que, apesar de a proteção de nascentes em
áreas urbanas ser geralmente implementada pelo poder público, a partir
de unidades de conservação restritas e fragmentadas espacialmente, as
áreas particulares – ou Reservas Particulares Ecológicas (RPE) – podem
contribuir para os processos de proteção das águas flviais em quantidade
e qualidade, mesmo em espaços muito antropizados. Apesar de sua
relevância, a multiplicação das RPE nos territórios urbanos ainda é
muito restrita.
Palavras-chave
Nascentes urbanas; Recursos hídricos; Áreas de proteção
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GEOgrafias: uma publicação do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia - IGC/UFMG