A CASA DA/NA TRANSITORIEDADE: EXPERIÊNCIAS NA MIGRAÇÃO PENDULAR DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS PARA O CAMPUS X – UEPA/IGARAPÉ-AÇU (PA)
Resumo
A migração diária de pessoas que fazem do fluxo um fenômeno de
acesso para estudar e/ou trabalhar, pela falta de oportunidades em seus
municípios de origem residencial, caracteriza o fenômeno da
pendularidade. Mas as implicações deste fenômeno não impactam apenas
percepções espaciais dos migrantes pendulares em uma simples relação
origem-destino, mas também incita pensarmos sobre suas relações com
espaços mais íntimos, como a casa, por conta do abando-retorno diário.
Reverberações sobre este processo atingem o município de Igarapé-Açu,
Estado do Pará, onde está localizado o Campus X, da Universidade do
Estado do Pará, para o qual, universitários de diversas cidades
empreendem a migração pendular. Para pensar este contexto, propomos como
objetivo central para este artigo, compreender as experiências do
estudante-migrante com sua casa, em uma vivência cotidianamente marcada
pela pendularidade entre seus municípios de origem e Igarapé-Açu.
Utilizando do método fenomenológico, entrevistamos quatro
estudantes-migrantes para compreender como este fenômeno migratório
fomenta implicações nas experiências diárias destes migrantes pendulares
em relação ao seu habitar. O deslocamento diário de pessoas que migram
para estudar em outras cidades pela falta de oportunidades em suas
cidades de origem e/ou residencial, representa toda uma nova
espacialização das relações casa-migrante, engendrando experiências onde
habitar nas cidades dentro de um contexto de pendularidade é estar
pautado em ritmos e rotinas diárias, de intensa transitoriedade e
instabilidade em habitações que deveriam ser um aporte para segurança e
estabilidade.
Texto completo:
PDFRevista Formação (Online). ISSN: 1517-543X. E-ISSN: 2178-7298
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