VARIABILIDADE DO REGIME HIDROLÓGICO DA BACIA AMAZÔNICA

  • Eliane de Castro Coutinho Universidade do Estado do Pará - UEPA / Belém, Pará http://orcid.org/0000-0003-3152-7828
  • Edson José Paulino da Rocha Universidade do Federal do Pará - UEPA / Belém, Pará
  • Aline Maria Meiguins Lima Universidade do Federal do Pará - UEPA / Belém, Pará
  • Hebe Morganne Campos Ribeiro Universidade do Estado do Pará - UEPA / Belém, Pará
Palavras-chave: Vazão. Eventos Extremos. Seca. Cheia.

Resumo

A Bacia Amazônica é afetada por episódios de secas e enchentes, como El Niño (EN), La Niña (LN), Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), causando graves alterações nos fluxos dos rios. Assim, o objetivo deste estudo é analisar como os recursos hídricos em nossa bacia hidrográfica contribuem para o fluxo do rio principal da bacia amazônica, bem como o seu comportamento em face de adversidades climáticas, temporais e espaciais, no período de 1982 a 2012, a partir de 16 postos fluviométricos ao longo do principal canal da Bacia, esse fluxo depende das variações de seus afluentes, na margen direita e na margem esquerda, e foi verificado que a tendência de aumento da vazão média no canal coincidiu com os afluentes da margem esquerda, ou seja, nas bacias do Rio Negro, Trombetas e Jari. Quanto à magnitude do fluxo, isso depende dos afluentes da margem direita, a bacia do rio Purus, Madeira, Tapajós e Xingu. A sazonalidade da bacia amazônica mostra 65% do fluxo total na época das cheias e 35% na seca e os postos ao longo do canal têm uma tendência crescente na amplitude do fluxo médio anual, medida que se aproxima da entrada. A tendência de crescimento da vazão média na calha coincidiu com os afluentes da margem esquerda, bacias do Rio Negro, Rio Trombetas e Rio Jari, já a magnitude da vazão depende dos afluentes da margem direita, bacias do Rio Purus, Rio Madeira, Rio Tapajós e Rio Xingu, já com relação a amplitude de vazão a influência é ocasionada tanto pelos afluentes da margem esquerda como direita, exceto, a bacia do Rio Purus.

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Publicado
2020-04-17
Como Citar
COUTINHO, E. DE C.; DA ROCHA, E. J. P.; LIMA, A. M. M.; RIBEIRO, H. M. C. VARIABILIDADE DO REGIME HIDROLÓGICO DA BACIA AMAZÔNICA. Boletim de Geografia, v. 37, n. 2, p. 129-147, 17 abr. 2020.
Seção
Artigos científicos