O CAMPO E O CAMPESINATO EM MOÇAMBIQUE SUBMETIDO A CAIXA DE PANDORA DA ACUMULAÇÃO PRIMITIVA
Resumo
Este artigo discute a acumulação primitiva tecida pelo capitalismo no campo e no campesinato moçambicano. Para tanto, utilizou-se de pesquisa bibliográfica, com localização, levantamento, leitura e fichamento de referências que discorrem sobre o campo e o campesinato moçambicano. Recorreu-se, também, à pesquisa documental em organizações que disponibilizam dados e informações sobre Moçambique, além da pesquisa de campo, com realização de observação sistemática, registro fotográfico e coleta de depoimentos. A acumulação primitiva histórica no campo moçambicano se manifesta nos prazos da coroa, nas concessões, no escravismo, no trabalho compulsório, correcional desenvolvido nos monocultivos. Esse processo também manifesta-se nos royalties de sementes, moléculas de agrotóxicos, no patenteamento industrial de máquinas não tripuladas, na difusão da “fertilidade fabricada”, na espoliação dos minérios, da água, das florestas das comunidades camponesas. O roubo e a pilhagem histórica afeta a reprodução social do campesinato moçambicano. Todavia, há reações, por meio de proposição de outro mundo possível, de uma modernidade alternativa.
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