O ensino de Geografia como uma hermenêutica instauradora

Nelson Rego, Dirce Maria Antunes Suertegaray, Álvaro Heidrich

Resumo


O artigo apresenta-se estruturado através de um diálogo para melhor comunicar a dimensão dialógica sobre a qual ele reflete, que é a rede de práticas desenvolvidas nos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Geografia, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no que se refere à relação geografia/educação em práticas extensionistas. A geografia e o ensino de geografia são propostos como uma hermenêutica, no sentido de que uma hermenêutica pode ser entendida como um sistema de conceitos que se definem na relação entre si e que, em seu conjunto, aplicados à análise de um texto, são capazes de enunciar aspectos desse texto inacessíveis a uma leitura restrita ao nível do apenas imediatamente manifesto, sendo que o sistema interpretativo acaba por definir o próprio entendimento do que seja texto, para além do que usualmente entendemos como sendo textos propriamente ditos. Exemplos: os sonhos, as linguagens corporais, a arquitetura. O texto interpretado pela geografia é o espaço geográfico. A geografia e o ensino de geografia são também propostos, mais especificamente, como uma hermenêutica instauradora, no sentido de que a interpretação não encontra apenas um ponto final na interpretação do objeto, mas também um ponto inicial –propositivo, desejante – para a intervenção transformadora na relação com o objeto. Três exemplos diferenciados de práticas são expostos e debatidos.


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