COMUNIDADE ENQUANTO ESPAÇO DE MÚLTIPLAS AÇÕES E PERCEPÇÕES: O CASO DE UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA EM PONTA GROSSA E A QUESTÃO FUNDIÁRIA
Resumo
Este trabalho apresenta uma abordagem pensada a partir das
múltiplas experiências vividas e praticadas pelos indivíduos
comunitários tendo por objetivo, superar a noção clássica de comunidades
vinculadas à homogeneidade aparente dos discursos. Apesar das
conquistas obtidas pelas comunidades tradicionais, principalmente
referentes à questão fundiária, alguns estudos, tendem, mesmo que
indiretamente, a projetar o caráter limitante da fixidez imposta pelo
Estado a partir destas políticas. Este contexto resulta da construção
conceitual de comunidade em distintos momentos a partir de discursos
científicos e políticos. Por meio do procedimento metodológico baseado
nas entrevistas semi-estruturadas, buscou-se identificar esta realidade
na comunidade rural quilombola de Santa Cruz em Ponta Grossa-PR, onde se
verificou como as distintas ações e percepções indicam a multiplicidade
espacial, descaracterizando o discurso predominante da homogeneidade.
Percebeu-se um descompasso entre a aplicabilidade do processo de
regularização fundiária e as percepções individuais e coletivas dos
moradores sobre a própria regulamentação imposta por esta política.
Palavras-chave
Comunidade. Tradicional. Multiplicidade. Quilombola.
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PDF (baixadoDOI: http://dx.doi.org/10.4025/bolgeogr.v33i0.31926
ISSN 2176-4786 (on-line) e-mail: dge-boletim@uem.br