DINÂMICA DA VEGETAÇÃO E DO USO DA TERRA NO "POLIGONO DOS CASTANHAIS", SUDESTE PARANAENSE, UTLIZANDO GEOTECNOLOGIAS
Resumo
A região sudeste paraense, cuja economia até meados da década de
80 era baseada no extrativismo da castanha-do-pará, constitui hoje uma
das áreas críticas de desflorestamento na Amazônia, fruto das grandes
transformações que tem atravessado. Neste trabalho é avaliada
espacialmente a dinâmica da paisagem de uma área de 940.818,24 ha
denominada “Polígono dos Castanhais”, considerando-se imagens TM/
Landsat de 1984 a 1997, analisadas no programa SPRING. Foi observado que
a classe Floresta Primária, ocupando mais de 80% da área total em 1984,
foi reduzida para cerca de um terço deste total em 1997, formando
manchas descontínuas. Por outro lado, as áreas de pastagem que em 1984
alcançaram em torno de 9% do total, em 1997 atingiram mais de 36%,
comportamento este semelhante ao registrado pelas áreas de capoeira.
Para a dinâmica da paisagem, foram observados baixos percentuais de
estabilidade para as classes de cobertura vegetal e uso da terra no
período em questão. Assim, os valores de estabilidade foram de apenas
37% para Floresta Primária, enquanto as áreas de pastagem registraram
percentuais médios de 28%, sendo superiores aos apresentados para as
áreas de capoeira. Foram constatados para todas as classes mapeadas, os
maiores percentuais de conversão para pastagem, fenômeno ligado ao
processo de pecuarização que vêm ocorrendo em áreas de fronteira
agrícola na Amazônia.
Palavras-chave: Dinâmica da Paisagem, Análise Multitemporal, Sensoriamento Remoto, Geoprocessamento, Região Amazônica.
Palavras-chave: Dinâmica da Paisagem, Análise Multitemporal, Sensoriamento Remoto, Geoprocessamento, Região Amazônica.
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Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - pISSN 0100-7912 - eISSN 1983-8700 está licenciada sob Licença Creative Commons > > > > >