John Mason Clarke e os lingulídeos e discinídeos dos estratos devonianos da Bacia do Paraná, estado do Paraná, Brasil estado da arte. DOI: 10.5212/TerraPlural.v.7iEspecial.0004
Resumo
John Mason Clarke descreveu as espécies de lingulídeos ocorrentes nos estratos devonianos da Bacia do Paraná, e comparou-as com outras espécies ocorrentes no atual hemisfério norte. Clarke (1913) propôs duas novas espécies de discinídeos e quatro de lingulídeos infaunais. O presente trabalho resgata a memória de Clarke e retrata o estado da arte dos lingulídeos do devoniano paranaense. Atualmente reconhecem-se, além de Orbiculoidea sp. dois novos gêneros de discinídeos (Rugadscina sp. e Gigadiscina sp.) ocorrentes nos estratos devonianos. Já a sistemática dos lingulídeos infaunais permanece em aberto, uma vez que o gênero Lingula não é mais considerado paleozoico. Tanto discinídeos quanto lingulídeos infaunais apresentam assinaturas tafonômicas que retratam relações ecológicas com outros grupos animais. Discinídeos são, por vezes, encontrados incrustrados por briozoários e lingulídeos podem apresentar perfurações em sua carapaça. Em relação à tafonomia, os discinídeos podem ser encontrados isolados (com valvas inteiras articuladas, e inteiros desarticulados e/ ou ainda fragmentados),representando ambientes deshoreface e offshore, ou agrupados em ambientes de shoreface proximal a distal. Já os lingulídeos infaunais ocorrem em posição de vida principalmente em ambientes de foreshore, sendo que o grau de articulação diminui ao longo do perfil batimétrico (mais para o fundo) e a fragmentação aumenta ao longo do referido perfil.
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