DIFERENCIAÇÃO CAMPONESA NA DEPRESSÃO SERTANEJA SEMI-ÁRIDA DO CEARÁ

Déia de Lima Vidal, João Vitor de Oliveira Alencar

Resumo


Analisaram-se os impactos provocados por determinados componentes do padrão tecnológico adotado pela agricultura brasileira, sobre as relações sociais de produção em Unidades Familiares (UFs) rurais da Depressão Sertaneja no semi-árido do Ceará. 96 UFs foram diferenciadas a partir de dados originais no tocante à composição e produtividade do fator trabalho e do nível de mecanização. Como resultados sobressaem: (i) presença da força de trabalho assalariado sazonal, em todas as UFs rurais, excetuando-se as da Comunidade de Tapera e (ii) a maioria das UFs apresentaram baixo índice de mecanização. Assim, as UFs de Tapera, Queimadas e Lustal II se constituíram nas que sofreram menores transformações internas do trabalho familiar, relacionadas às variáveis de baixa mecanização, caracterizando-se assim, como camponesas. Essas UFs podem servir de base para a (re)estruturação de um modelo alternativo de desenvolvimento, contrário à racionalidade globalizadora. A alta intensificação de seu fator trabalho, indicando sua máxima mobilização aliada à baixa dependência da mecanização e importante presença de jovens, permite vislumbrar que ainda controlam recursos desse sistema agrário marginal e ameaçado, convidando para sua restauração e aperfeiçoamento.

Palavras-chave


Campesinato; dinâmica camponesa; semi-árido; Depressão Sertaneja Cearense.

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