ANÁLISE MORFODINÂMICA DA BACIA DO ALTO CURSO DO RIO TAPEROÁ (PB)
Resumo
A visão morfodinâmica da paisagem é uma importante ferramenta
conceitual que pode fornecer dados consistentes acerca dos processos
geomorfológicos e do nível de degradação da paisagem. O objetivo deste
artigo consiste em analisar as principais variáveis condicionantes dos
processos erosivos e deposicionais na bacia do alto Taperoá (PB),
levando em consideração os impactos gerados sobre a estrutura da
paisagem e criadores de morfologias erosivas e deposicionais, com base
no resgate da dinâmica geomorfológica e do uso e ocupação da área. A
partir da análise dos dados gerados pela pesquisa, percebeu-se que a
bacia do alto Taperoá encontra-se sob condições de forte controle
tectônico, exibindo formas hierarquizadas a partir da distribuição
litológica e das estruturas deformacionais a elas associadas,
nitidamente controladas por zonas de cisalhamento mesoproterozóicas.
Esta característica natural controla, até certo ponto, a distribuição
das áreas fortemente instáveis na área de estudo, que se encontram
atreladas às escarpas controladas por falhas, além das regiões de
cimeira. Ademais, notou-se que o uso do solo tem gerado significativas
parcelas fortemente instáveis nas regiões do plaino aluvial, totalizando
cerca de 5% da área total da bacia. Do mesmo modo os 35% de áreas
intergrades representam um risco potencial à erosão nas áreas do
pedimento rochoso, sendo possivelmente um dos principais responsáveis
pelo aumento na produção de sedimentos. Por fim, os 65% de áreas
estáveis indicaram para esta bacia uma relativa situação de preservação,
sem, no entanto, apontar para um quadro de despreocupação.
Palavras-chave
morfodinâmica; erosão; degradação, Bacia do alto Taperoá (PB).
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PDFISSN: 1982-3878