CORRELAÇÃO DE CRIADOUROS DE Biomphalaria sp., HOSPEDEIRO DO Schistosoma mansoni, EM ÁREA DE BAIXA INFRAESTRUTURA SANITÁRIA NO DISTRITO DE MOSQUEIRO, BELÉM, PARÁ
Resumo
Os movimentos migratórios têm provocado a expansão da
esquistossomose mansônica para diferentes áreas do Brasil. A presença
dos hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni, constitui
condição necessária para que se estabeleça o ciclo de transmissão da
endemia, premissa vinculada à baixa infraestrutura de saneamento básico.
Na Amazônia, somente o estado do Pará tem focos autóctones deste
agravo. A presente pesquisa objetivou mapear criadouros de Biomphalaria
sp. e rede de esgoto na área do Aeroporto, no Distrito de Mosqueiro, em
Belém-PA, visando a possibilidade do estabelecimento de focos da
endemia. Está área foi definida pela maior representatividade dos
componentes sociodemográficos, segundo o padrão de territorialização da
Estratégia Saúde da Família. Os dados foram obtidos por entrevistas
domiciliares, uso de informações secundárias de órgãos oficiais e
aplicação de geotecnologias. Demarcaram-se oito pontos de criadouros,
sobretudo nos peridomicílios, onde existe apenas 7,7% de cobertura de
rede de esgoto. Os dados sociodemográficos mostraram que a maioria das
famílias se estabelece apenas nas férias. Entre os residentes
permanentes, 57,9% procede do próprio Distrito, tem baixo nível de
escolaridade, onde 45,6% apresenta ensino fundamental incompleto, 63,2%
tem idade de até 50 anos. Observou-se que esta área ainda é indene para
esquistossomose, mas a interpolação dos dados das condições biológicas,
ecológicas e sociais mostrou que a mesma deverá permanecer sob
vigilância quanto à possibilidade da introdução do S. mansoni.
Palavras-chave
Esquistossomose; Ilha de Mosqueiro; Saneamento; Biomphalaria.
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