PRAÇAS E QUALIDADE ESPACIAL: PLANO PILOTO DA CIDADE DE MARINGÁ, PARANÁ
Resumo
Espaço de convivência das pessoas, praças são referenciais para a
fixação de edificações públicas e privadas em uma sociedade. Espaço
público que ganhou melhorias com a expansão das cidades provém, além
desta delimitação geográfica, o encontro entre os cidadãos tornando a
circulação social mais saudável, agradável dentro da trama urbana. Além
disso, oferece às pessoas um ambiente de convivência mais agradável,
melhora a circulação de ar, insolação e drenagem, quebrando a monotonia
entre o verde, e o cinza do concreto das construções. Realizou-se um
estudo nas 36 praças localizadas na área do Plano Piloto da Cidade de
Maringá, Estado do Paraná, que se refere ao traçado inicial da malha
urbana elaborado pelo urbanista Jorge de Macedo Vieira. A área de estudo
compreende a Zona 50 (Centro), Zona 1, Zona 2, Zona 3 (Vila Operária),
Zona 4, Zona 5, Zona 6, Zona 7, Zona 8, Zona 9, Zona 10 e Zona 12. A
coleta de informações foi efetuada por intermédio de pesquisa
bibliográfica, avaliação qualitativa e de levantamento quantitativo com o
objetivo de identificar equipamentos e/ou estruturas, de levantamento
da ocorrência de vegetação e de levantamento fotográfico. A tabulação
desses dados subsidiou a análise e a avaliação da distribuição espacial,
a facilidade de acesso e uso dessas praças, e mediante o levantamento
quali-quantitativo obteve as características dos equipamentos, das
estruturas e do seu mobiliário. Nessas praças, encontraram-se
equipamentos e/ou estruturas em boas condições de uso pela população;
iluminação rebaixada, promovendo maior segurança aos usuários; Academia
da Terceira Idade e Academia da Primeira Idade, como novo tipo de
equipamento, destinado à prática de atividades físicas, lazer e
sociabilização entre a população. Outro item positivo verificado nessas
praças foi referente à limpeza, manutenção dos gramados e da vegetação.
Fica evidente a preocupação com os elementos arbóreos de uma mesma
espécie que se repetem com grande frequência nessas áreas devido à ação
de pragas e patógenos. O estado geral de conservação dessas praças, na
sua maioria, está classificado entre os conceitos bom e ótimo.
Observou-se que, mesmo esses espaços públicos passando por
transformações nas suas formas e funções através do tempo e a
concorrência com novas formas de lazer, a sua apropriação continua
efetiva, principalmente pelas camadas mais carentes da população. Como
resultado da pesquisa desenvolvida neste trabalho, observa-se que os
espaços urbanos necessitam de promoção de ações cuja expertise provenha a
gestão específica das praças e atenda às necessidades de implantação e
manutenção de todos os equipamentos e estruturas existentes, atualizando
os dados qualitativos e quantitativos e estudando as soluções para
questões pontuais, além de projetos contínuos que conscientizem a
população do entorno da praça sobre a necessidade da sua
fiscalização e manutenção.
Palavras-chave
Espaços públicos. Áreas verdes urbanas. Paisagem urbana.
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PDF (baixadoDOI: http://dx.doi.org/10.4025/bolgeogr.v33i2.21261
ISSN 2176-4786 (on-line) e-mail: dge-boletim@uem.br