As enchentes no Vale do Itajaí-Açú/SC: das obras de contenção à indústria da enchente – a problemática ambiental e a relação homem/natureza na busca de soluções
Resumo
O presente trabalho focaliza questões sobre a problemática de
enchentes registradas no Vale do Itajaí, SC. A bacia hidrográfica do Rio
Itajaí-Açu, situada na Vertente Atlântica do Nordeste Catarinense, é
uma das mais expressivas do Estado, tanto nos aspectos hidrográficos
quanto nos sócio-econômicos. Desde sua colonização o Vale do Itajaí vem
enfrentando calamidades em decorrência das cheias; esses problemas vêm
se repetindo, seja por falta de recursos ou até mesmo por dificuldades
técnicas, sem mencionar fatores agravantes como o desmatamento, a
utilização das encostas, entre outros. Com base na enchente de 1957, o
extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento-DNOS, projetou um
sistema de barragens de contenção na Bacia do Itajaí-Açu: a Oeste/Taió
(110 milhões m3), a Sul/ltuporanga (97,5 milhões m3) e a Norte/José Boiteux (357 milhões de m3)
de armazenamento de água. Este estudo foi desenvolvido a partir do
referencial bibliográfico atinente à execução de obras estruturais.
Dados estatísticos foram levantados para comparar o número de habitantes
e o processo de urbanização, industrialização e infra-estrutura, que
permitiram a análise sócio-espacial e sobretudo a das enchentes.
Constatou-se, portanto, que as características físicas, os processos de
colonização e urbanização, a problemática das enchentes catástrofes e as
obras implantadas para a sua contenção, constituem uma interação entre
os sistemas natural e social, ineficaz, responsável pelo aumento da
frequência e magnitude das enchentes.
Palavras-chave
Enchentes; Vale do Itajaí-Açu/SC; obras de contenção; indústria da enchente
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5380/raega.v5i1.18320
Direitos autorais
_____________________________________________
ISSN (IMPRESSO) 1516-4136 até 2008
ISSN (ELETRÔNICO) 2177-2738 a partir de 2009