CIRCUITOS ESPACIAIS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO ESTADO DO PARANÁ

Glauco Nonose Negrão, Maria Eugênia Moreira Costa Ferreira

Resumo


Para compreensão dos aspectos epidemiológicos da expansão territorial da leishmaniose tegumentar americana (LTA) no Estado do Paraná, entre 2001 a 2010, torna-se necessário levar em consideração fatores geográficos que intervieram na transmissão da doença; observando-se uma diversidade regional e local de ciclos ecológicos, resultando em distintos padrões de transmissão. A delimitação de circuitos espaciais, segundo a produção da doença, fornecem subsídios para medidas profiláticas específicas de cunho local e regional. A doença apresenta-se como ocupacional com ocorrência distribuída em diferentes faixas etárias e aumento dos casos femininos segundo três modelos: silvestre, onde o homem costuma desenvolver atividades ligadas à agricultura e rotina; áreas de colonização recente, com surtos associados à exploração ambiental desordenada e silvestre modificada, com surtos sazonais em área peridomiciliar em áreas de focos com matas residuais. Em área urbana, ocorre de forma endemo-epidêmica domiciliar ou peridomiciliar, com participação de animais domésticos como reservatórios, aspectos ecológicos distintos, dominância de vetores e condições sanitárias específicas. Notam-se as influências da organização espacial urbana e fenômenos migratórios, direcionando a difusão a partir de áreas com alta prevalência, seja em escala regional ou local. Estudos geográficos representam valiosos subsídios para compreensão epidemiológica e planejamento de atividades de saúde pública.

Palavras-chave


leishmaniose tegumentar americana; circuitos espaciais; biogeografia.

Texto completo:

PDF




   Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional

 

Revista indexada em:          

    

   

 

Este periódico está classificado como B1 para Geografia.