Narrativas sobre a metrópole centenária: Simmel, Hessel e Seabrook
Resumo
A metrópole e a vida do espírito, de Georg Simmel, é abordado
como texto seminal da sociologia urbana e da análise dos comportamentos
humanos em contextos metropolitanos. Estabelece-se uma relação entre a
atitude blasé e o surgimento da figura do flâneur. Esta é tratada a
partir dos contributos de Franz Hessel de finais da década de 1920 que
retrata com algum romantismo o universo metropolitano europeu anterior à
Segunda Guerra Mundial. A terminar, o texto interroga a existência da
flânerie nas megacidades do sul global de hoje. O autor usa o recente
relato de J. Seabrook para ilustrar como, passados cem anos, a metrópole
de Simmel passou por profundíssimas transformações. Se se puder ainda
falar de flânerie, certamente ela sofreu uma alteração radical da sua
natureza. De tal modo que essa mudança implica a revisão epistémica da
sociologia urbana.
Palavras-chave
Simmel; metrópole; flânerie; cânone urbano
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PDFDOI: https://doi.org/10.1590/14759
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