A OCUPAÇÃO DO CERRADO GOIANO PELO AGRONEGÓCIO CANAVIEIRO/The Cerrado biome occupation through the sugarcane agribusiness
Resumo
O Cerrado brasileiro tem se constituído no principal eixo de
expansão do agronegócio. Desde a década de 1970, a região passou a ser
incorporada à fronteira capitalista da agricultura, com a forte
intervenção estatal por meio da criação de programas especiais de
desenvolvimento como o Programa de Desenvolvimento dos Cerrados
(POLOCENTRO em 1975), o Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o
Desenvolvimento do Cerrado (PRODECER em 1978) e o Fundo Constitucional
de Financiamento do Centro-Oeste (FCO em 1988). Os governos
militares promoveram a modernização conservadora no campo brasileiro, de
forma que no Centro-Oeste o objetivo central das políticas foi
propiciar a territorialização do capital agrícola, por meio da
transformação dos latifúndios em empresas rurais e na instalação de
agroindústrias processadoras de grãos, num primeiro momento, e,
posteriormente, a viabilização das bases para a consolidação do binômio
grãos e carnes. Contudo, a virada do século é marcada pela chegada de um
novo ator hegemônico do agronegócio, composto pelo setor canavieiro que
vislumbra nas potencialidades naturais e nos incentivos governamentais,
possibilidades de expansão da produção de açúcar e etanol. Nesse
sentido, a presente análise está centrada na compreensão da ocupação
capitalista do Cerrado Goiano pelo agronegócio canavieiro, as principais
políticas e programas de fomento à expansão dos empreendimentos, bem
como a importância da água para a atividade canavieira por meio da
discussão do agrohidronegócio.
Palavras-chave
Cerrado Goiano; Agronegócio Canavieiro; Agrohidronegócio.
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INDEXAÇÕES E BASES BIBLIOGRÁFICAS