A NATUREZA NAS “ONDAS” DO TURISMO: UMA LEITURA A PARTIR DO ARQUIPÉLAGO DE TINHARÉ (BAHIA/BRASIL)
Resumo
A paisagem “natural” transformada em mercadoria, enquanto
atrativo turístico, é consumida à medida que se reproduz o espaço.
Ampliada por esse consumo, a degradação da natureza conduz ao fim dessa
mercadoria, desvendando um dos mais contraditórios e preocupantes fardos
da economia capitalista, a sua insustentabilidade. Ao analisar o
arquipélago de Tinharé, que se encontra inserido neste processo,
observa-se que, com a instalação da economia turística, há uma
aceleração da reprodução do lugar sob os moldes da sociedade
urbano-industrial. Os valores que deram suporte ao turismo por sua
escassez (belezas naturais, tranquilidade, cultura nativa), rapidamente
passam a ser substituídos pelas contradições produzidas pelo sistema
social e negadas pela sociedade urbana, gerando uma grande
desvalorização do lugar e do próprio capital fixo. Diante disto os
investidores de capital procuram um espaço novo para acumulação e
manutenção do lucro, seja esse no mesmo lugar ou se deslocando para
outros.
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PDFRevista Formação (Online). ISSN: 1517-543X. E-ISSN: 2178-7298
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