TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NO BIOMA PAMPA
Resumo
Este artigo aborda questões relativas à singularidade do bioma Pampa no território gaúcho, historicamente excluído do projeto de desenvolvimento alcançado pela metade norte do estado, e que hoje se traduz nos nomes das grandes empresas de celulose e seus latifúndios de plantações de espécies exóticas de pinus, eucalipto e acácia. Objetiva-se questionar a lógica socioambientalmente insustentável destas monoculturas introduzidas na metade sul do estado - ressaltando-se aqui o município de Piratini- descrevendo e analisando os impactos negativos da sua presença sobre as condições naturais e de vida da população local. Tal atividade é hoje usada para inserir os municípios da região em um modelo desenvolvimentista dependente, que agrava ainda mais a crise socioambiental instalada, com a transformação profunda da estrutura da paisagem e a perda de significativo patrimônio natural. A abordagem adotada sugere a quebra desse pensamento único, dando ênfase ao debate em torno de uma mudança de concepção e de racionalidade com relação à qualidade de vida, qualidade ambiental e ao próprio desenvolvimento.
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PDFDOI: https://doi.org/10.5418/RA2011.0708.0010
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