Este artigo tem objetivo principal de compreender a des-re-territorialização dos camponeses-pobres na “ilha do cerrado” de Campo do Mourão e região periférica, entre 1903 a 1939, na Mesorregião Centro-Ocidental Paranaense. A pesquisa se baseou na literatura especializada, nas entrevistas dos pioneiros publicadas em 2001 e 2002 no jornal Tribuna do Interior, de Campo Mourão e acrescido dos depoimentos concedidos por atores sociais para o autor deste estudo. A pesquisa demonstrou que o processo de ocupação da fronteira-livre do Campo do Mourão envolveu a formação de uma complexa rede de informações entre os familiares e amigos dos camponeses desencadeando a des-re-territorialização e reprodução social nos descampados de Campo Mourão.