MEIO AMBIENTE: PRIVATIZAÇÃO DA NATUREZA EM CUBATÃO
Resumo
O presente artigo identifica, de início, meio ambiente à natureza, e trata à natureza no âmbito de sua relação com o homem, privilegiando sua transformação a partir da história humana. Concebe como mediação dessa relação o trabalho, historicamente desenvolvido enquanto trabalho alienado, tendo como contraponto a condição da natureza enquanto propriamente privada. Essa argumentação, em última instância, desemboca na separação real entre o homem e a natureza, a partir da desunião histórica entre o trabalho e seus supostos materiais. A realidade social de Cubatão aparece como evidência empírica. A transformação de Cubatão dos bananais em grande centro industrial petroquímico-siderúrgico é examinada nos quadros de um processo de privatização crescente da natureza, subordinando cada vez mais a reprodução da vida em Cubatão à acumulação do capital industrial e comportando inclusive a negação de Cubatão como lugar para viver, dada sua redução a “Vale da Morte”, compatível com os altos níveis de poluição industrial, bem como as tentativas de remoção de núcleos residenciais, que têm na poluição sua justificativa oficializada.
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ISSN: 2447-0945

