A RESSIGNIFICAÇÃO DO MITO DE ORIGEM DA FAVELA PELA ARTE DE MAURÍCIO HORA

Rafael Gonçalves de Almeida

Resumo


O presente artigo foi adaptado de uma palestra realizada no dia 05 de julho de 2017, no Espaço Cultural BNDES, onde ocorreu a exposição de Maurício Hora, intitulada “Morro da Favela à Providência de Canudos”. O artigo problematiza a associação entre a guerra de Canudos e a gênese das favelas do Rio de Janeiro, discutindo o papel da obra de Euclides da Cunha e do “mito de origem da favela” na construção de um discurso exterior sobre a formação histórica dessas comunidades e sobre os atributos de seus moradores: um discurso estigmatizante, racista e violento. Nesse sentido, buscamos refletir criticamente sobre a exposição de Maurício Hora, para argumentar que, ao reivindicar a história de Canudos como parte de sua própria história, o artista reconstrói o passado e ressignifica o presente a partir de uma reinterpretação desse mito de origem, criando uma narrativa que é viva e plural.

Palavras-chave


favela; Rio de Janeiro; fotografia; Maurício Hora

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DOI: https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2019.48848

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