A SERPENTE FORA DO OVO: a frente do agronegócio e o supremacismo ruralista
Resumo
Este artigo visa identificar um novo momento na atuação da
bancada ruralista, em Brasília, em um contexto de refluxo da democracia
no Brasil. O papel de representar o agronegócio ganhou contornos
recentes com a influência decisiva na derrubada de uma presidente eleita
e na manutenção do presidente Michel Temer no poder. A essa atuação
correspondeu uma ofensiva – supremacista – contra os povos do campo,
seja pela afirmação de um discurso de superioridade (em relação a
indígenas e quilombolas), seja pela criminalização de movimentos sociais
e de seus defensores, seja pela expansão territorial. A distribuição
regional dos componentes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA)
indica que esse supremacismo tem boa parte de sua força nos
representantes políticos do sul do país – mesmo que eles tenham migrado,
como empresários e fazendeiros, para as regiões Norte e Centro-Oeste.
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PDFDOI: https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2018v12n2.41337
ISSN: 1982-3878




