REPERCUSSÕES TERRITORIAIS DO MONOCULTIVO DA CANA DE AÇÚCAR NO ESTADO DO PARANÁ

Silas Rafael da Fonseca

Resumo


O artigo apresenta um panorama sobre a extensão da monocultura de cana de açúcar no estado do Paraná. Metodologicamente nos utilizamos de dados sistematizados em gráficos, tabelas e mapas que indicam os principais municípios produtores, a localização das usinas no estado, bem como seus desdobramentos quanto à concentração da terra e os impactos na produção de arroz e feijão. Podemos ainda destacar o não cumprimento da função social da terra, sobretudo pela presença de trabalho escravo nas usinas do estado do Paraná. Sobre o não cumprimento da função social da terra destaca-se que há previsão legal na Constituição Federal, contudo seu descumprimento não tem sido questionado pelo Estado, mas pelos movimentos sociais de luta pela terra. Conclui-se que o processo de territorialização do capital produtor de cana de açúcar tem gerado várias repercussões territoriais no estado do Paraná que perpassam pelo processo de migração campo – cidade, pela redução na produção de alimentos e pela existência do trabalho escravo contemporâneo.

Palavras-chave


Monocultura; cana de açúcar, territorialização do capital

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