Geo UERJ

O recorte espacial de bacias de drenagem é de extrema importância para a compreensão evolutiva da paisagem. E a utilização de cálculo de parâmetros morfométricos que procurem reunir evidências sobre o mecanismo evolutivo desta unidade de evolução geomorfológica vem, desde a década de 1950, sendo continuamente aplicada nestes estudos. A identificação de assimetrias de bacias e a análise de perfis de relevo transversais e longitudinais a uma bacia, bem como a observação de perfis longitudinais aos canais fluviais, subsidiam a investigação do controle tectônico na história evolutiva e o entendimento da ocorrência de processos geomorfológicos pretéritos e atuais. A avaliação da forma geométrica do perfil associada ao cálculo do Índice de Gradiente (ou Relação Declividade Extensão - RDE), vem demonstrando ser uma prática metodológica bastante útil no reconhecimento de anomalias significativas na conformação côncava de um perfil longitudinal de um canal fluvial. Para esta análise, o emprego de geotecnologias facilita e agiliza as investigações realizadas, subsidiando uma melhor espacialização das informações produzidas e, assim, auxiliando na compreensão dos mecanismos evolutivos interpretados através dos parâmetros morfométricos utilizados. Auxiliam também na compreensão das relações com informações de cunho geológico-geomorfológico, subsidiando o reconhecimento de bacias que possuem graus diferenciados de controle litológico e/ou estrutural. Deste modo, este procedimento permite reunir argumentos básicos à interpretação de possíveis (re)ajustes fluviais, caracterizando processos morfodinâmicos distintos em bacias de drenagem.

bacias de drenagem, parâmetros morfométricos, controle tectono-estrutural