Maneiras de ser e de sentir na aceleração e a ilimitação contemporânea
Resumo
O texto aborda a questão do olhar nas sociedades contemporâneas,
assinalando a presença, cada vez mais acentuada, de formas de
individualismo e narcisismo. Inscreve-se em uma perspectiva genealógica
para esclarecer o contemporâneo, cujas evoluções, transformações e
comoções tenta discernir. Lembra que as reviravoltas sociais, políticas e
antropológicas, devidas em particular à presença contínua de imagens e
monitores, à existência de fluxos contínuos, às solicitações visuais
incessantes, afetam o olhar do indivíduo, evidenciando processos
paradoxais de individualização e massificação. Retomando e desdobrando
aspectos do debate já proposto por autores como Walter Benjamin, Adorno,
Horkhaimer, Elias, Mauss, Simmel e Le Goff, aborda, de uma perspectiva
histórica, a questão da privação do olhar nas evoluções da democracia,
da desigualdade de atenção e, depois, do individualismo narcisista e das
tecnologias contemporâneas. O texto traz uma rica reflexão acerca da
condição do homem moderno e a importância de repensar algumas das
categorias de análise na interpretação das sociedades contemporâneas.
Palavras-chave
olhar; genealogia; fluxos; individualização; massificação
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.1590/14758
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