PENSAMENTO GEOSSISTÊMICO ORIENTAL (VOZ E REVERBERAÇÃO)
Resumo
Teorias genuínas que, em tom holístico, votam-se à dinâmica e ao
arranjo paisagísticos, apareceram no pensamento de autores alemães. Mas
antes que (poucos anos à frente) recebessem o tratamento que viria a
instituir epicentros franceses, são apropriadas pela ótica soviética.
Há, portanto, uma versão teórica precedente ao insight antropocêntrico
francês. E é essa versão oriental que consolidará o conceito de
geossistema, firmando-o como instrumento prioritariamente operacional.
Viktor Sochava, atuando desde o Instituto de Geografia de Irkutsk (leste
siberiano), produz textos notáveis a respeito – publicações que o
ocidente teve acesso graças ao periódico Soviet Geography (no qual fomos
buscar registros). Contudo, por contingência de privação bibliográfica,
a maioria dos pesquisadores brasileiros conhece apenas um texto de
Sochava (aliás, feliz tradução de Carlos A. de F. Monteiro, editada em
1977). Destacaremos o pensamento deste que é um dos autores mais
referidos em se tratando da teoria geossistêmica; mencionando, em
seguida, o pensamento seu sucessor. Exemplificado pelo nome
Beroutchachvili, o pensamento herdeiro de Sochava autoriza-nos a falar
em escola soviética dos geossistemas – escola que, atrelada às
circunstâncias geopolíticas, foi compelida à teorização fundamentalmente
naturalista e com fins pragmáticos. Este artigo talvez reduza a
rarefação de documentos que, em língua portuguesa, historiografem a
Geografia russa.
Palavras-chave: Escola soviética. Modelo geossistêmico. Perspectiva pragmática. Viktor Sochava. Nicolas Beroutchachvili.
Palavras-chave: Escola soviética. Modelo geossistêmico. Perspectiva pragmática. Viktor Sochava. Nicolas Beroutchachvili.
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Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - pISSN 0100-7912 - eISSN 1983-8700 está licenciada sob Licença Creative Commons > > > > >