Dinâmicas recentes do setor sucroenergético no Brasil: competitividade regional para o bioma Cerrado
Resumo
A partir do início da década de 2000, o setor sucroenergético se
difundiu rapidamente em porçõesselecionadas do território brasileiro,
motivado pelo crescimento exponencial do consumo de etanol (etanol
hidratado para motores flex fuel no Brasil e etanol anidro para misturar
à gasolina em diversos países). Esta expansão tem desencadeado
importantes implicações geográficas, econômicas e sociais em diferentes
escalas, decorrentes da incessante busca pela competitividade do açúcar e
do etanol brasileiros nos mercados internacionais. Com o objetivo de
melhor compreender essa situação através de uma perspectiva geográfica,
propomos desenvolver quatro pontos: 1) uma análise das características
intrínsecas do setor sucroenergético (i. e., restrições à estocagem da
matéria-prima, ciclo vegetativo-econômico da cana-de-açúcar,
flexibilidade produtiva das usinas/destilarias, cogeração de energia
elétrica, queima da palha da cana-de-açúcar para a colheita manual); 2)
uma descrição da dinâmica recente do setor no território brasileiro; 3)
uma discussão sobre o conceito de competitividade e sua dimensão
geográfica e uma proposta metodológica de identificação das regiões
competitivas agroindustriais do setor sucroenergético no Brasil; 4) um
esboço da expansão do setor no Cerrado do Centro-Oeste, destacando a
emergência de duas regiões produtivas com grande potencial competitivo:
as mesorregiões Sul Goiano e Sudoeste do Mato Grosso do Sul.
Palavras-chave
Setor Surcroenergético, Bioma Cerrado, Região Competitiva, Território Brasileiro
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.22409/geographia.v17i35.877
Niterói:
UFF, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em
Geografia,1999 – Quadrimestral - ISSN 15177793 (eletrônico). Os
conteúdos da Revista GEOgraphia estão licenciados em CC BY.
GEOgraphia - Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense